Proprietários rurais do cerrado paulista escolhem usar a área de Reserva Legal das suas terras em atividades como agricultura e pastagem correndo o risco de pagar multa – mesmo que o valor da multa seja muito superior ao lucro obtido com a exploração das terras. A constatação é do administrador e biólogo Alexandre Igari, que desenvolve no Instituto de Biociências (IB) da USP uma pesquisa de doutorado sobre o tema.
Igari estudou os 349 municípios paulistas que possuem mais de 10% do seu território na área original do cerrado. Ele calculou o quanto os proprietários lucrariam em média se usassem a terra da reserva legal para as principais atividades econômicas das zonas rurais das regiões – por exemplo, arrendamento, agropecuária ou plantação de eucaliptos.
Era de se esperar que só desobedecessem a lei os municípios onde os lucros obtidos com a exploração e com o aluguel das terras fossem mais altos que o valor da multa. Contudo, isso não ocorreu. Mesmo dos municípios onde a renda da terra era inferior ao valor da multa a decisão era pelo uso ilegal da Reserva Legal. “Os agricultores preferem desmatar porque a chance de ser pego na fiscalização é muito baixa e não há benefícios financeiros para quem obedece a lei”, explica Igari.
Em São Paulo, somente 8,5% da área original do cerrado permanece preservada, sendo que 93,5% se encontram em propriedades particulares. A tese de doutorado de Igari, orientada pela professora Vânia Regina Pivello, deve ser defendida em 2011.
Leia a íntegra do press release da Agência USP: Agricultores de SP desmatam o cerrado apesar de multas altas
Em tempo, a Amazônia tem mais de 80% de suas florestas preservadas e recebe quase 100% do enforcement, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro continuam desmatando o que resta dos seus menos de 10% de biomas preservados. Pense sobre isso. Preservar meio ambiente no * do outro é refresto no * da gente.
Igari estudou os 349 municípios paulistas que possuem mais de 10% do seu território na área original do cerrado. Ele calculou o quanto os proprietários lucrariam em média se usassem a terra da reserva legal para as principais atividades econômicas das zonas rurais das regiões – por exemplo, arrendamento, agropecuária ou plantação de eucaliptos.
Era de se esperar que só desobedecessem a lei os municípios onde os lucros obtidos com a exploração e com o aluguel das terras fossem mais altos que o valor da multa. Contudo, isso não ocorreu. Mesmo dos municípios onde a renda da terra era inferior ao valor da multa a decisão era pelo uso ilegal da Reserva Legal. “Os agricultores preferem desmatar porque a chance de ser pego na fiscalização é muito baixa e não há benefícios financeiros para quem obedece a lei”, explica Igari.
Em São Paulo, somente 8,5% da área original do cerrado permanece preservada, sendo que 93,5% se encontram em propriedades particulares. A tese de doutorado de Igari, orientada pela professora Vânia Regina Pivello, deve ser defendida em 2011.
Leia a íntegra do press release da Agência USP: Agricultores de SP desmatam o cerrado apesar de multas altas
Em tempo, a Amazônia tem mais de 80% de suas florestas preservadas e recebe quase 100% do enforcement, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro continuam desmatando o que resta dos seus menos de 10% de biomas preservados. Pense sobre isso. Preservar meio ambiente no * do outro é refresto no * da gente.
Comentários
“Em São Paulo, somente 8,5% da área original do cerrado permanece preservada, sendo que 93,5% se encontram em propriedades particulares.”
Nesta realidade existem dois absurdos, o primeiro é a constatação de que só 8.5% do cerrado paulista esta preservado, a outra é que 93,5% destes 8.5% pertencem a particulares, neste caso o Estado só possui aproximadamente 6.5% dos 8.5% do cerrado remanescente.
Ai eu me pergunto: - como este estado que só tem aproximadamente 0.5% de preservação, pode (querer) impor ao produtor 20% ?
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