Apenas quatro Unidades de Conservação concentraram 80% da visitação pública recebida em 2015

Infraestrutura pública no Parque Nacional da Amazônia, na Amazônia.
Dados compilados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), instituto vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, mostram que apenas quatro Unidades de Conservação concentraram 80% das visitas recebidas em 2015. O parque nacional mais visitado continua sendo o da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, que recebeu 2.945.355 de pessoas em 2015. Em seguida vem o de Iguaçu, onde ficam as cataratas do mesmo nome, no Paraná, que recebeu 1.642.093; o de Jericoacoara, no litoral do Ceará recebeu cerca de 780 mil; e o de Brasília, onde ficam as piscinas conhecidas como Água Mineral, na capital federal, receberam 294.682.

Considerando que o site o ICMBio lista 46 Unidades disponíveis para visitação públicas, os números permitem inferir que as demais 42 UCs receberam menos de 20% das visitas em 2015.

O ICMBio não sabe muito bem porque há toda essa concentração. Mas esse blogueiro que conhece o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Nacional da Amazônia tem um hipótese.

Para chegar ao parque da Tijuca você pega um Taxi em Copacabana e chega ao pé no morro do Cristo Redentor em 15 minutos. Depois você paga uma taxa e uma van termina de te levar até lá em cima. Chegando lá você tem alguns minutos para tirar fotos de uma vista maravilhosa da cidade do Rio de Janeiro e tem uma lanchonete que te serve água gelada, café expresso e lanche. Depois de tirar selfies nos pés do Cristo você pega a van de volta e em 15 minutos está novamente na civilização de Copacabana. Você não perde mais de uma hora dentro da Unidade de Conservação Federal.
Acesso ao Parque Nacional da Amazônia, na Amazônia.
Já para chegar no Parque Nacional da Amazônia você precisa pegar um avião até Santarém. Não há voos diretos. Você tem que passar por Manaus ou Belém. Depois de chegar em Santarém você precisar pegar um ônibus ou ir de carro pela BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém, até Rurópolis e no entroncamento seguir a BR-230, mais conhecida como Transamazônica, até Itaituba. De Itaituba você ainda precisa seguir pela Transamazônica sentido Jacarecanga até chegar à primeira base do parque, às margens do igarapé Tracoá, a aproximadamente 53 km do centro da cidade. Lá não tem quem te sirva água, nem café, nem lanche.

O ICMBio informa que no parque existem dois alojamentos. Um deles dispõe de banheiro, cozinha com fogão, dois quartos com camas e redes. Nesse alojamento possui utensílios de cozinha que podem ser utilizados pelos visitantes. O outro alojamento dispõe somente de vão amplo, varanda e sanitário, devendo os visitantes dormirem em redes. O parque não possui energia elétrica, e conta apenas com motor a diesel acoplado a um gerador, que é ligado por algumas horas do dia. Também existe a possibilidade de acampar, embora não exista infraestrutura propícia para tal. Se você pretende enfrentar essa faina, é melhor reservar pelo menos duas semanas.

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Com informações o ICMBio e fotos de Amarildo Varela.

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