Ministério do ½ Ambiente continua negando prorrogação do prazo do CAR. Este blog já avisou que falar disso dá azar.

Apesar da demanda do setor agropecuário, o prazo para a inclusão dos imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural não deve se prorrogado, disse o diretor de Fomento e Inclusão Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, Carlos Eduardo Portella Sturm. Mais da metade dos 5,5 milhões de estabelecimentos rurais do país ainda não foram incluídos no cadastro, de acordo com as últimas informações disponíveis. Esses produtores rurais têm mais 30 dias para fazer o CAR de suas propriedades. No dia 5 de maio termina o prazo determinado pele Lei. “Não há nenhuma indicação nem técnica, nem política, para prorrogação do prazo do CAR”, diz o técnico do Governo.

Desorientado, Sturm explica que é importante que, no momento do cadastro, os produtores façam a adesão ao PRA. “Ali, ele já está iniciando o cumprimento do prazo de indicar sua adesão ao programa e já assume que quer obter os benefícios do código”, disse. É potoca. Apenas quem passivo ambiental ou alguns tipos de infrações cometidas antes de 2008 precisa aderir ao PRA (que aliás, nem existe na maioria dos estados). Os demais não precisam aderir ao PRA no momento do Cadastro.

Não há previsão de sanção direta ao produtor que não aderir ao CAR, segundo Sturm, mas ele perde uma série de benefícios que estão ligados ao prazo para o cadastramento, como a suspensão da aplicação de multas e a recomposição do passivo em 20 anos.

Além de perda de benefícios depois de 5 de maio, a lei prevê que, após cinco anos de sua publicação, a partir de 28 de maio de 2017, as instituições financeiras não poderão conceder crédito rural aos agricultores que não tiverem o cadastro regularizado.

Este blog já avisou que falar de prorrogação do CAR dá azar. Eu acho que esse pessoal do Ministério do Meio Ambiente que anda falando que não haverá prorrogação terão que fazer cara de paisagem no dia 6 de maio. Mas, pelas razões que já expliquei, este blog não fala mais de prorrogação. Quem quiser atrair azar que o faça.

Com informações da Agência Brasil e foto de Marcos Oliveira/Agência Senado.

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Entenda porque o blog do Código Florestal voltou a grafar Ministério do Meio Ambiente usando o símbolo ½

Anos atrás este blogg passou a grafar Ministério do ½ Ambiente usando o símbolo ½ no lugar da palavra "meio" como forma de satirizar a segregação imbecil entre ambientalismo e produção rural naquele órgão. Por décadas os ambientalistas radicais de organizações NÃO governamentais dominaram o Ministério do Meio Ambiente, uma entidade governamental, transformando-o em Ministério do ½ Ambiente.

Depois que assumiu o Ministério, Izabella Teixeira afastou as ONGs e abriu um canal de diálogo com o setor produtivo. Escrevi isso aqui curiosamente no dia 5 de maio de 2011: O Ministério do ½ Ambiente precisa ser des'ONG'uisado

Esse blogg passou então a grafar o termo Ministério do Meio Ambiente sem o símbolo ½ como um reconhecimento de que o Ministério passara a encarar o meio ambiente como um todo, incluindo a necessidade de produção.

Agora este blogg se vê obrigado a retomar a grafia com o símbolo ½. Izabella Teixeira se perdeu e voltou a apartar o M½A do meio rural com um todo e isso terá consequências.

Alguém imagina que o Brasil conseguirá recuperar 12,5 milhões de hectares de vegetação nativa se a área ambiental do governo voltar a tratar produtor rural como filho-da-puta, como o MMA fazia antes da expulsão das ONGs?

Tenho dito isso aqui no blog várias vezes. O grande ganho da reforma do Código Florestal não foi o texto final, que continua muito ruim. O grande ganho das novas regras foi a reconciliação entre os produtores rurais e a proteção ambiental.

Antes da nova lei, assediados pelos ecojihadistas e submetidos a regras absurdas, o setor rural se afastou o meio ambiente. Com as novas regras, o setor se rural mudou de postura.

Izabella Teixeira está jogando essa reaproximação no lixo.

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