Hoje, 23 de janeiro de 2010, é o septuagésimo sexto aniversário do Código Florestal Brasileiro, pela primeira vez instituído por Getúlio Vargas em 23 de jenairo de 1934.
São 76 anos de fé cega e ineficácia ao longo dos quais perdemos, inexoravelmente, 94% da Mata Atlântica, 80% do Cerrado e entre 16 e 20% das florestas da Amazônia. Praticamente todos os biomas vilipendiados existentes do Brasil hoje sofreram a desonra sob a vigência da lei ambiental mais avançada e ineficaz da via lactea (sem trocadilho).
Parabéns à nossa lei e a todos os que nela depositam sua fé. Deles será o reino dos céus desflorestado.
Nunca é demais lembrar: Aniversário do Código Florestal Brasileiro no Estadão.
Comentários
Uma pessoa que possui 100 alqueires no sudeste, se reflorestar 20% de sua área, teria de plantar 20 alqueires de mata; mas se este resolver comprar uma área em mata para compensar os seus 100 alqueires abertos, terá de comprar 25 alqueires, pois as áreas somam, totalizando 125 alqueires multiplicados por 20% = 25
E pior: - Se um produtor do norte possui 100 alqueires cultivados e querer cumprir a lei, ou replanta 80 alqueires, ficando totalmente inviável sua propriedade, ou terá de comprar 400 alqueires de mata, totalizando 500 alqueires. Agora eu pergunto: - Quem tem 100 alqueires tem condições de comprar 400? Impossível!!!!
Ai algum Zambientalista poderá dizer:
-Quem mandou desmatar tudo?
Eu respondo que foi o próprio governo, anterior ao Código de 1965, ou antes, desta data não existiam produtores em todas as regiões do país?
Por ai vemos que a idéia de reflorestar parte da área é descabida e a compensação ambiental impossível, dado que no sul, devido ao alto valor das terras, comparado ao retorno financeiro, muito poucos produtores tem condições de aumentar seu patrimônio em 25% em um curto período e os do norte, um aumento de 400%, só se for com algo ilícito.
Para mim, o ideal de um novo código, seria de que produtores que tenham áreas em mata sejam compensados financeiramente por isto e os produtores que não possuam, assim como todo resto da sociedade e principalmente empresas poluentes, peguem um imposto para subsidiar reservas particulares e estatais.
Já pensaram, o que uma Petrobras ou uma Vale do Rio Doce poderia contribuir para isso? Mas não, pela visão governamental, quem tem de pagar o pato é o Seu Neco.
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