Nós quem, cara pálida?

A Associação dos Fornecedores de Cana de Catanduva fugiu da raia e fez um acordo com o governo de São Paulo que alivia a pressão sofrida por seus associados quanto a necessidade de absorver os custos impostos pelo Código Florestal. Mas, no fundo, a associação acredita que não será necessário cumprir o acordo.

A Associação tem um tenro planto "B", espera que a Cómissão Especial da Cámara Federal que tenta reforma as leis ambientais do país torne desnecessário o acordo. De acordo com o diretor da Associação, João Pedro Gomieri, no próximo dia 3 de fevereiro haverá audiência pública na cidade de Ribeirão Preto. A reunião receberá membros de todo o estado de São Paulo. O evento irá discutir os prós e os contras da reformulação do Código Florestal, além de dar uma dimensão da insatisfação das partes envolvidas.

“Nesta reunião saberemos o tamanho do problema. Teremos 50% a favor da reformulação e 50% contra, serão ambientalistas x produtores. A reunião será nosso plano A, já o protocolo é nosso plano B”, explicou Gomieri, salientando que a associação, através do acordo com o governo de estado, criou apenas uma saída para o produtor que queira se adequar. Gomieri lembra que existem produtores que já estão com ações e notificações junto ao Ministério Público, exigindo cumprimento de Reserva Legal.

O diretor da Associação explica que o Passivo Ambiental para compensação, no Estado de São Paulo é, hoje, de 3 a 4 milhões de hectares, ou seja, algo em torno de 10 mil alqueires. O que significa que 10 mil alqueires de área produtiva teriam de ser transformados em capoeira.

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