Possíveis mudanças no Novo Código Florestal poderão diminuir o Produto Interno Bruto em 0,51% até 2030. O estado mais afetado seria Mato Grosso (PIB) com perdas de até 4%, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Com as restrições de terra, os produtos que mais sofrem variações são o cultivo de soja e os produtos da pecuária, que perdem área em quase todo o território nacional", diz trecho do estudo do Ipea.
No primeiro cenário, considerando a disfunção do mecanismo de Cotas de Reserva Ambiental (CRA), Mato Grosso seria o estado que mais sofreria. O estado perderia 4,1 milhões de hectares de soja em área cultiváveis e 3,56 milhões em pastagens para bovinos e outros animais. A redução na extração na madeira seria de 11 mil hectares. A pesquisa faz uma projeção que vai do ano de 2005 até 2030.
Em um cenário desconsidera a isenção de recuperação de Reserva Legal para pequenos imóveis, Mato Grosso sofreria uma perda considerável em até 13 mil hectares para culturas como a da soja, mandioca, arroz e cana-de-açúcar. Todos estes números, segundo o Ipea, demonstram que as mudanças farão com que os grandes estados produtores contribuam negativamente para o PIB brasileiro.
Tanto as Cotas de Reserva Ambiental (CRA) quanto o tratamento dado aos pequenos produtores serão discutidas na próxima quarta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros julgarão quatro ações que questionam a constitucionalidade de 58 artigos do Novo Código. São três ações propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) e uma pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
As ações defendam que o Novo Código pode aumentar o desmatamento e diminuir ainda mais as chances de recuperação de áreas degradadas. Os ambientalistas criticam principalmente a frouxidão com que a lei trata produtores que desmataram nos últimos anos.
Veja aqui a íntegra do estudo
Com informações do Ipea e imagem do Mapa
Clique aqui e veja a transmissão ao vivo do julgamento do Código Florestal pelo STF
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