O valor total da produção agrícola em 2016 foi de R$ 317,5 bilhões, 20,0% maior do que em 2015. Os principais fatores que contribuíram foram os aumentos nos valores de produção de soja (16,1%), milho (26,5%), cana-de-açúcar (18,3%) e café do tipo arábica (43,5%). As culturas de soja, milho e cana-de-açúcar concentraram 61,2% do valor de produção nacional.
Entre as Unidades da Federação, São Paulo permanece em primeiro lugar no valor da produção, com 16,4% da participação nacional, acréscimo de 1,4% em relação ao ano anterior. A participação de Mato Grosso decresceu de 13,9% para 13,8%, em grande parte devido à redução na produção de soja e milho. Juntos, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respondem por 66,9% do valor da produção agrícola nacional.
Entre os municípios, Sorriso (MT) assumiu a liderança no ranking nacional do valor da produção agrícola, com R$ 3,2 bilhões, alta de 28,3%, e ultrapassou São Desidério (BA) que reduziu o valor da produção em 33,5%.
Em 2016, o valor da produção de frutíferas chegou a R$ 33,3 bilhões, o maior da série histórica, iniciada em 1974. Em relação a 2015, o valor da produção de frutíferas teve um acréscimo de 26,0%, sua maior alta desde 2001. Os seis principais produtos concentram 73,2% do valor da produção nacional: laranja (25,1%), banana (25,0%), abacaxi (7,3%), uva (6,4%), maçã (5,0%) e mamão (4,4%). Os produtos com o maior preço médio por unidade foram: noz (R$ 7,74/kg), castanha-de-caju (R$ 3,14/kg) e figo (R$ 2,92/kg).
Essas e outras informações estão disponíveis na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) 2016, que investiga, com detalhamento por grande região, unidade da federação e município, as variáveis relativas à produção de 63 produtos agrícolas, incluindo 36 grãos que também são analisados mensalmente pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e 22 tipos de frutas.
Pela primeira vez, a pesquisa apresenta os resultados da produção agrícola do açaí, que aumentou de 1,0 milhão de toneladas para 1,1 milhão entre 2015 e 2016, aumento de 8,3%. O maior estado produtor foi o Pará, com 98,3% do total nacional. Os 20 maiores municípios produtores são paraenses, com destaque para Igarapé-Mirim, com 305,6 mil toneladas.
Soja, milho, cana-de-açúcar e café lideram aumento do valor da produção
O valor total da produção agrícola foi de R$ 317,5 bilhões, 20,0% maior do que em 2015. Os principais fatores que contribuíram foram os aumentos nos valores de produção de soja (16,1%), milho (26,5%), cana-de-açúcar (18,3%) e café do tipo arábica (43,5%). Esses produtos apresentaram variações absolutas de R$ 14,5 bilhões para a soja, R$ 7,9 bilhões para o milho, R$ 8,0 bilhões para a cana-de-açúcar e R$ 5,6 bilhões para o café arábica. As culturas de soja, milho e cana-de-açúcar concentraram 61,2% do valor de produção nacional.
Sorriso (MT) ultrapassa São Desidério (BA) no ranking do valor da produção agrícola
Entre as unidades da federação, São Paulo permanece em primeiro lugar no valor da produção, com 16,4% da participação nacional, acréscimo de 1,4% em relação ao ano anterior. A participação de Mato Grosso decresceu de 13,9% para 13,8%, em grande parte devido à redução na produção de soja e milho. Juntos, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respondem por 66,9% do valor da produção agrícola nacional.
Entre os municípios, Sorriso (MT), maior produtor nacional de soja e milho e respondendo por 20,8% de todo o valor da produção agrícola do seu estado, assumiu a liderança no ranking nacional do valor da produção agrícola, com R$ 3,2 bilhões, alta de 28,3%, e ultrapassou São Desidério (BA) que reduziu o valor da produção em 33,5%. Os cinco maiores municípios em valor da produção agrícola são mato-grossenses.
Também se destacam três municípios goianos, Cristalina, Jataí e Rio Verde, que apresentaram acréscimos de 11,9%, 24,9% e 19,0% respectivamente. A produção de grãos predomina nesses municípios, principalmente a soja e o milho, porém outras culturas como o tomate, a batata-inglesa, a cebola e o algodão herbáceo também têm grande importância.
Valor da produção de frutas chega a R$ 33,3 bilhões, 26,0% acima de 2015
Em 2016, o valor da produção de frutíferas chegou a R$ 33,3 bilhões, atingindo o seu maior da série histórica, iniciada em 1974. Em relação a 2015, o valor da produção de frutíferas teve um acréscimo de 26,0%, a maior alta desde 2001, quando a variação anual tinha sido de 48,6%. Os seis principais produtos concentram 73,2% do valor da produção nacional: laranja (25,1%), banana (25,0%), abacaxi (7,3%), uva (6,4%), maçã (5,0%) e mamão (4,4%). Os produtos que apresentaram o maior preço médio por unidade foram: noz (R$ 7,74/kg), castanha-de-caju (R$ 3,14/kg) e figo (R$ 2,92/kg). Os menores preços por unidade foram verificados para: laranja (R$ 0,49/kg), coco-da-baía (R$ 0,64/fruto), melancia (R$ 0,65/kg), manga (R$ 0,79/kg) e melão (R$ 1,00/kg).
Entre as unidades da federação, São Paulo respondeu por 30,9% do valor nacional das frutíferas, o que representou R$ 10,3 bilhões, com destaque para as culturas da laranja (59,2%), banana (13,8%) e limão (8,4%). A Bahia participou com 12,2% do valor da produção de frutas, avaliado em R$ 4,1 bilhões, sendo banana (34,8%), mamão (16,2%) e maracujá (9,3%) as principais dentro do estado. Minas Gerais (9,0%) e Rio Grande do Sul (7,4%) ficaram em terceiro e quarto lugar em participação, respectivamente. Em Minas Gerais, as principais contribuições são da banana (41,0%), laranja (16,8%) e abacaxi (12,0%). No Rio Grande do Sul, as principais culturas deste grupo são a maçã (28,8%), a uva (26,3%), e a laranja (9,3%).
Entre os municípios, Petrolina (PE) apresentou a maior contribuição para o valor da produção nacional. A produção de uva, manga, goiaba e banana são destaque no município, que contribuiu com 1,9% no valor nacional das frutíferas. Petrolina fica no Vale do São Francisco, uma das regiões mais importantes para a fruticultura nacional.
Produção anual de algodão cai 13,6%, a segunda queda consecutiva
Pelo segundo ano consecutivo, a produção de algodão do país recuou. Foram produzidos 3,5 milhões de toneladas, 13,6% a menos que em 2015, com área colhida de 996,2 mil hectares.
Entre os estados, Mato Grosso e Bahia continuam liderando a produção. Juntos, eles detêm 89,5%. Mato Grosso foi responsável pela produção de 2,2 milhões de toneladas de algodão, 64,1% da produção nacional. A redução na produção foi na ordem de 3,6% em comparação com o ano anterior. O valor de produção aumentou em 19,1%, totalizando R$ 5,0 bilhões. A Bahia obteve produção de 878,6 mil toneladas, 25,4% da produção nacional. O estado baiano foi prejudicado pela seca fazendo com que a produção reduzisse em 26,6%. Deixaram de ser plantados 15,8% da área e o rendimento médio do estado decaiu 11,3%.
Dos 20 maiores produtores municipais, 13 são mato-grossenses, com destaque para Sapezal, que produziu 520,4 mil toneladas, o que representa 15,0% da produção nacional e 23,4% da produção do estado, com um aumento de 18,1% a mais que na safra 2015. O segundo maior produtor nacional é São Desidério (BA), onde foram produzidas 346,8 mil toneladas, 27,3% a menos que em 2015. O município baiano foi responsável por 10,0% da produção brasileira de algodão e por 39,5% da produção do estado.
Arroz tem queda de 13,7% na produção e 5,0% no rendimento médio
Em 2016, a produção brasileira de arroz foi de 10,6 milhões de toneladas, com um rendimento médio de 5.464 kg/ha, valores 13,7% e 5,0% menores do que aqueles verificados em 2015. As áreas colhida e plantada também sofreram retração de respectivamente 9,1% e 7,3%. Rio Grande do Sul e Santa Catarina concentravam 80,4% do total nacional. O valor da produção nacional foi de R$ 8,7 bilhões, um saldo positivo de 0,7% em comparação com o ano anterior. Dos 20 principais municípios produtores de arroz do Brasil, 18 se encontram no Rio Grande do Sul, sendo que a primeira colocação pertenceu a Uruguaiana com 678,3 mil toneladas.
Café retoma ritmo de crescimento após três anos de queda
Após três anos consecutivos de queda na produção do café, o grão retoma o crescimento atingindo 3,0 milhões de toneladas, alta de 14,0% em relação ao ano de 2015. O café arábica contribuiu com 2,5 milhões de toneladas, o que representa 84,4% da produção total e o café canephora com 470,7 mil toneladas (15,6%). O valor de produção foi de R$ 21,4 bilhões, acréscimo de 34,6% em comparação com o ano anterior.
Entre as unidades da federação, Minas Gerais ocupa o primeiro lugar no ranking da produção, com 1,8 milhão de toneladas, 36,3% a mais do que em 2015. Patrocínio, maior produtor municipal, contribuiu com 91,7 mil toneladas, 123,1% a mais que em 2015. O valor de produção deste município foi de R$ 687,5 milhões, equivalentes a 3,0% do valor de produção nacional.
Cana-de-açúcar tem aumento de 2,5% em relação a 2015
A produção nacional de cana-de-açúcar foi de 768,7 milhões de toneladas, uma variação positiva de 2,5%. Além da área colhida ter aumentado 1,1%, as condições climáticas em algumas das principais regiões produtoras contribuíram com o aumento do rendimento médio que apresentou um acréscimo de 1,3%, com 75.168 kg/ha. O valor da produção foi de R$ 51,6 bilhões, 18,3% acima do de 2015. O déficit dos estoques mundiais de açúcar contribuiu para o aumento da demanda e, consequentemente, elevou os preços da cana-de-açúcar.
Entre os estados, São Paulo, o maior produtor, colaborou com 442,3 milhões de toneladas, com produtividade média de 79.141 kg/ha, valores 4,5% e 3,3% superiores aos de 2015. Morro Agudo foi o município com a maior produção no estado, com 7,9 milhões de toneladas.
Clima provoca queda de 15,4% na produção de feijão
Devido ao El Niño, que provocou alterações no ritmo das chuvas, a produção de feijão em 2016 ficou em 2,6 milhões de toneladas, considerando as três safras anuais, uma queda de 15,4% na comparação com 2015. O rendimento médio nacional foi de 1.012 kg/ha, uma redução de 6,2% frente aos 1.079 kg/ha obtidos em 2015. O valor da produção teve uma alta de 61,5%, totalizando R$ 9,7 bilhões, devido à redução da oferta.
Juntos, Paraná, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Bahia concentraram 81,3% da produção nacional, com destaque para o Paraná, que produziu 590,3 mil toneladas. Entre os municípios produtores, o destaque ficou com Itapeva (SP), com 86,0 mil toneladas e aumento de 192,5% em relação a 2015.
Produção de laranja aumenta 1,8% e chega a 17,3 milhões de toneladas
O clima favoreceu o rendimento por hectare de laranja, que cresceu 4,9% de 2015 para 2016, chegando a 26.180 kg/ha, o que levou a produção nacional a 17,3 milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior. O valor da produção cresceu 47,2%, totalizando R$ 8,4 milhões. São Paulo, maior estado produtor, contribuiu com 12,9 milhões de toneladas (74,5% do total), aumento de 4,6% face a 2015. A área total destinada à colheita sofreu retração de 2,4%, mas o aumento de 7,2% no rendimento por hectare manteve a produtividade alta. Dos 20 maiores municípios produtores, 17 são paulistas, com destaque para Casa Branca, com 694,0 mil toneladas.
Com uma produção de 1,2 milhão de toneladas, a Bahia ficou na segunda posição entre os maiores estados produtores, ultrapassando Minas Gerais, que tinha ficado em segundo lugar em 2015. O destaque municipal baiano ficou com Rio Real, com 345 mil toneladas e crescimento de 6,8% de aumento em relação a 2015.
Milho tem queda de 24,8% em relação à produção de 2015
O clima foi o principal responsável pela queda de 24,8% na produção nacional e 22,5% no rendimento médio por hectare de milho de 2016 em comparação com 2015. Foram produzidas 64,1 milhões de toneladas, com rendimento de 4.288 kg/ha. Já o valor da produção foi de R$ 37,7 bilhões, uma alta de 26,5% em comparação a 2015, impulsionada pelo aumento da demanda no mercado interno.
A 1ª safra, colhida durante o primeiro semestre do ano civil, contribuiu com 38,1% do total produzido, com 24 462 981 toneladas de milho, o que representou uma retração de 15,6%. Já a 2ª safra, colhida após a safra de verão ou durante o segundo semestre do ano civil, foi responsável por 61,9% da produção anual, com 39 680 433 toneladas, valor 29,5% inferior ao de 2015.
A área plantada foi ampliada em 1,2%, enquanto a área colhida apresentou uma retração de 2,9%, fato atribuído, em grande parte, à quebra de safra incidente na Região Centro-Oeste. A tendência do aumento da área plantada na 2ª safra, em detrimento da 1ª safra, persistiu durante 2016, principalmente nas áreas que permitem mais de um plantio por ano, onde a principal cultura de verão é a soja.
Mesmo com queda de 28,2% em relação ao ano anterior, Mato Grosso permaneceu o maior estado produtor, com 15,3 milhões de toneladas, 23,9% do total da produção nacional. O regime de chuvas irregular no quarto trimestre de 2015 atrasou o plantio da soja, o que levou a semeadura tardia do milho de 2ª safra, expondo a cultura à seca incidente entre os meses de abril a agosto de 2016. Dos 20 maiores produtores municipais, 11 são mato-grossenses, com destaque para Sorriso, com 1,8 milhão de toneladas, apesar da queda de 30,0% na produção do município.
Produção de soja em grão tem redução de 1,2% na comparação com 2015
Em 2016, a produção nacional de soja em grão foi de 96,3 milhões de toneladas, 1,2% a menos do que no ano anterior, principalmente devido a problemas climáticos. A produtividade média caiu de 3.029 kg/ha em 2015 para 2.905 kg/ha em 2016. Apesar destas perdas, o valor da produção atingiu R$ 104,9 bilhões, 16,1% superior ao atingido na safra anterior.
Os maiores produtores estaduais são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, com uma contribuição conjunta de 61,8% do total nacional. Deles, apenas o Rio Grande do Sul apresentou alta na produção, de 3,2%. Irregularidades climáticas comprometeram a produção dos outros dois estados, que tiveram quedas de 5,7% e 1,2%, respectivamente.
Mato Grosso colheu 26,3 milhões de toneladas em 9,1 milhões de hectares, com rendimento médio de 2.887 kg/ha, abaixo do rendimento de 1.106 kg/ha de 2015. Dos 20 principais municípios produtores, 13 são mato-grossenses, com destaque para Sorriso, Nova Ubiratã, Sapezal, Nova Mutum e Campo Novo dos Parecis.
O texto completo da pesquisa pode ser acessado aqui.
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