Rebanho bovino teve menor expansão da série histórica nos últimos dez anos


Apesar da alta de 1,4% em 2016, frente ao ano anterior, a taxa de crescimento do efetivo nacional de bovinos brasileiros nos últimos dez anos continua uma das menores da história. Entre 2006 e 2016 o rebanho bovino nacional cresceu apenas 6%. O número é cinco vezes menos que o crescimento observado entre 1996 e 2006, que foi de 30%. Os dados constam na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2016 divulgada hoje pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge).


Embora crescendo em menor velocidade o rebanho nacional atingiu a marca de 218,2 milhões de cabeças, a maior desde 1974, quando começou a série histórica.

O Centro-Oeste concentrou 34,4% do rebanho nacional, com destaque para o Mato Grosso, que possui 30,3 milhões de cabeças (13,9% do total), um crescimento de 3,2%. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul representaram, respectivamente, 10,8%, 10,5% e 10,0% do efetivo nacional.

Entre os 20 municípios com os maiores efetivos, 13 estavam no Centro-Oeste, seis no Norte e um no Sul, com São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) como os maiores rebanhos.


A analista do IBGE, Mariana Oliveira, explica o contexto regional que contribuiu para o resultado da pesquisa: “A expansão do gado no Centro-Oeste é consequência da extensão do território, que favorece a pecuária de grande porte. Além disso, há a proximidade tanto com a indústria de abate, quanto com os centros de produção de grãos”, conta.

A região Norte, com 47,9 milhões de cabeças, teve o segundo maior efetivo do país, com alta de 1,7% em relação a 2015. De acordo com Mariana, "o deslocamento de bovinos para o Norte foi motivado pelos baixos preços das terras, pela disponibilidade hídrica e pelo clima favorável". Pequenas altas ainda foram identificadas no Sudeste (0,8%) e no Sul (0,5%), além de baixa no Nordeste (-2,1%). Segundo Mariana, “a redução do rebanho no Nordeste pode ter sido influenciada, entre outros aspectos, por intempéries climáticas”, ressalta.

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