E agora, Marina?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, Marina?
e agora, você?
você que é sem fome,
que zomba dos outros,
você que come,
que odeia, protesta?
e agora, Marina?
Está sem partido,
está sem discurso,
está sem mandato,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o voto não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, Marina?
E agora, Marina?
Seu doce sofisma,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua assessoria,
sua poronga na testa,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta
que o PV fechou;
quer morrer no mar,
mas a Chevron sujou;
quer ir para Xapurí,
Xapurí não há mais.
Marina, e agora?
Se você gritasse,
se o Jorge Viana ouvisse,
se você tocasse
o hino holandês,
se você dormisse,
se você pensasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é dura, Marina!
Sozinha no escuro
com os bichos-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem canoa de pau
que fuja no remanso,
você marcha, Marina!
Marina, para onde?
Madre Marina de Xapurí, a Dali lama da floresta saindo derrotada da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal. Foto: Antonio Cruz/ABr |
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, Marina?
e agora, você?
você que é sem fome,
que zomba dos outros,
você que come,
que odeia, protesta?
e agora, Marina?
Está sem partido,
está sem discurso,
está sem mandato,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o voto não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, Marina?
E agora, Marina?
Seu doce sofisma,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua assessoria,
sua poronga na testa,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta
que o PV fechou;
quer morrer no mar,
mas a Chevron sujou;
quer ir para Xapurí,
Xapurí não há mais.
Marina, e agora?
Se você gritasse,
se o Jorge Viana ouvisse,
se você tocasse
o hino holandês,
se você dormisse,
se você pensasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é dura, Marina!
Sozinha no escuro
com os bichos-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem canoa de pau
que fuja no remanso,
você marcha, Marina!
Marina, para onde?
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