Código Florestal: E agora, Izabella?

Depois da demonstração de força com a vitória folgada (95% dos votos) na votação do regime de urgência para a tramitação do relatório Rebelo, alguns deputados quiseram aproveitar a situação para forçar a aprovação do texto, mesmo contra a vontade do governo. Aldo Rebelo impediu o movimento.

Aldo sabe que tem votos suficientes para aprovar o que quiser, mas sabe também que Dilma Rousseff precisa de algum conforto, caso contrário não resistirá às pressões das ONGs internacionais para vetar o texto. “Não se pode tensionar demais a corda, deve-se esgotar a possibilidade do entendimento com o governo, para evitar o veto e facilitar a aprovação no Senado”, disse Aldo Rebelo para os líderes partidários após a aprovação da urgência.

“Se o assunto tivesse sido levado à votação, certamente nós ganharíamos, folgadamente, mas com a possibilidade de veto, com o desconforto do governo”, observou o deputado Moreira Mendes, líder da Frente Parlamentar da Agropecuária. De acordo com o presidente da frente, o deputado Aldo tem consciência de que hoje o entendimento está muito mais fácil do que estava ontem. “Isso já é um bom caminho para nós todos”.

Aldo agora está transferindo a pressão toda para os ambientalistas do governo entrincheirados no Ministério do ½ Ambiente. Os pontos onde há divergência entre Aldo e o Governo são imposições da turma do M½A com a anuência do bobalhão do Ministro da Agricultura. A batata quente está no colo de Izabella Teixeira.

Agora, veja você leitor em que ponto chegamos nesse debate em torno do Código Florestal: A luta de Aldo é por evitar que entre no seu texto dispositivos legais que levarão à destruição da pequena agricultura nacional. A turma do M½A está tentando forçá-lo a aceitar esses pontos enquanto o Ministro da Agricultura lava as mãos. Aldo está se virando nos trinta para evitar que Dilma tenha que ceder às pressões internacionais e vete os dispositivos do seu relatório que protegem os pequenos produtores rurais brasileiros.

 

Comentários

Mírian Rachel disse…
Meu Deus, que confusão.Realmente tudo é um jogo de interesses, espero que as pessoas envolvidas que fazem a diferença para uma decisão racional não desistam de lutar.
Flávia e Wagner disse…
Não podemos esquecer que Isabela é uma técnica que está política.E que, históricamente faz parte de uma transição que esperamos desde a era Marina Capobianco. Cabe a nós, e por isso parabenizo mais uma vez o incansável e sábio Aldo, não perdermos a oportunidade.

Vejam abaixo os principais "índios" protegidos por ONGs estrangeiras "sérias", em Roraima:
- Índios NIÓBIO e TÂNTALO – Sem os quais é impossível a indústria aero-espacial, e só o Brasil o possui (98%).
- Índio OURO – A maior jazida do planeta se encontra em Roraima.
- Índios URÂNIO E TÓRIO: Enorme quantidade em Roraima, para combustível e armas nucleares, que em breve retomaremos o que foi sabotado na década de 80.
- Índia DIAMANTE: Roraima é riquíssima nessas jóias.
- Índios ALUMINIO E TITÂNIO: Sem os quais a metalurgia atual retorna à idade do ferro.
Os demais índios existentes por lá, são na verdade inúteis para as ONGs estrangeiras, servindo apenas de camuflagem para os seus reais interesses no Brasil.
Fonte: http://mesquita.blog.br/amazonia-indios-e-minerais-estrategicos

Wagner Salles
Luiz Prado disse…
DA FOLHA DE HOJE. PODERIAM APROVEITAR E EXTINGUIR O IBAMA. QUANTO AO ICMBIO, SEMPRE FOI UMA FICÇÃO.

Senado desengaveta PL que esvazia Ibama e muda fiscalização

Texto dá poder para governos estaduais; PL deve ser votado na próxima terça-feira
DE BRASÍLIA

Em meio à discussão sobre a reforma do Código Florestal, o Senado desengavetou um projeto de lei que, na prática, esvazia o poder do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de fiscalizar o desmatamento.
No último dia 3, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa, e outros senadores apresentaram requerimento pedindo urgência na votação do projeto.
O texto regulamenta o artigo 23 da Constituição, definindo a competência das três esferas do poder público na proteção ao meio ambiente.
Com a aprovação, deve ir à votação na próxima terça.
Inicialmente proposto pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), o texto final ganhou, por meio de emenda, um artigo segundo o qual só quem dá licença ambiental pode realizar fiscalização.
Hoje, quem outorga as licenças para desmatar são os governos estaduais. As ações fiscais caberiam às secretarias do Meio Ambiente.
Segundo o projeto, essas secretarias também receberiam do Ibama a responsabilidade pelas licenças de obras de impacto regional ""como as estradas previstas no PAC.

(CLAUDIO ANGELO E JOÃO CARLOS MAGALHÃES)