Caros, segue abaixo um texto meu publicado originalmente na edição de hoje do jornal Diário de São Paulo. Ao final há um link para a página do jornal onde há também um artigo do filósofo e ambientalista Marcio Santili defendendo a posição das ONGs.
O movimento ambiental passou os últimos 30 anos assegurando à sociedade que tínhamos uma das mais modernas leis ambientais do mundo e que só faltava aplicá-la. Baseados nesse dogma, os ambientalistas pressionaram o Estado brasileiro a aumentar a cobrança das leis ambientais. O Ministério do Meio Ambiente, primeiro sob a batuta de Marina Silva e depois sob o comando de Carlos Minc, soltou o Ibama, escoltado pela Força Nacional de Segurança, no encalço de quem não cumpria o Código Florestal vigente. Desabaram a perseguir, processar, multar e expor publicamente quem não cumpria a lei.
O arroubo coercitivo do Estado, premido pelo movimento ambientalista, armou uma bomba-relógio no campo. Os agentes do governo nunca foram gentis. Produtores e trabalhadores rurais foram abordados como se aborda um traficante, com truculência, armas em punho, sirenes ligadas, apoio aéreo. Dia após dia, as operações do Ibama criaram no campo uma população marginal de brasileiros, sem crédito rural, multados, com colheitas embargadas, máquinas apreendidas, expulsos de suas terras.
Ocorre que a lei era ruim. Causava distorções, retroagia. Era, sob certos aspectos, injusta. Muitos simplesmente não tinham como cumpri-la. A aprovação do relatório de Aldo Rebelo é uma mostra de que o movimento ambiental e o governo estavam errados sobre a natureza das nossas leis ambientais. Por que a lei, tida como das mais avançadas, precisou ser subvertida para poder ser aplicada? A sociedade urbana deu salvo conduto aos verdes e ao Estado para oprimirem o setor rural brasileiro em nome da preservação do meio ambiente? O movimento ambiental deve explicações ao povo brasileiro. Os cidadãos brasileiros deveriam cobrar essa fatura.
Fonte: Jornal Diário de São Paulo
O movimento ambiental passou os últimos 30 anos assegurando à sociedade que tínhamos uma das mais modernas leis ambientais do mundo e que só faltava aplicá-la. Baseados nesse dogma, os ambientalistas pressionaram o Estado brasileiro a aumentar a cobrança das leis ambientais. O Ministério do Meio Ambiente, primeiro sob a batuta de Marina Silva e depois sob o comando de Carlos Minc, soltou o Ibama, escoltado pela Força Nacional de Segurança, no encalço de quem não cumpria o Código Florestal vigente. Desabaram a perseguir, processar, multar e expor publicamente quem não cumpria a lei.
O arroubo coercitivo do Estado, premido pelo movimento ambientalista, armou uma bomba-relógio no campo. Os agentes do governo nunca foram gentis. Produtores e trabalhadores rurais foram abordados como se aborda um traficante, com truculência, armas em punho, sirenes ligadas, apoio aéreo. Dia após dia, as operações do Ibama criaram no campo uma população marginal de brasileiros, sem crédito rural, multados, com colheitas embargadas, máquinas apreendidas, expulsos de suas terras.
Ocorre que a lei era ruim. Causava distorções, retroagia. Era, sob certos aspectos, injusta. Muitos simplesmente não tinham como cumpri-la. A aprovação do relatório de Aldo Rebelo é uma mostra de que o movimento ambiental e o governo estavam errados sobre a natureza das nossas leis ambientais. Por que a lei, tida como das mais avançadas, precisou ser subvertida para poder ser aplicada? A sociedade urbana deu salvo conduto aos verdes e ao Estado para oprimirem o setor rural brasileiro em nome da preservação do meio ambiente? O movimento ambiental deve explicações ao povo brasileiro. Os cidadãos brasileiros deveriam cobrar essa fatura.
Fonte: Jornal Diário de São Paulo
Comentários
Mas coconrdo com você que os agentes do governo tem sido muitas vezes injustos com agricultores, porem a solução não é mudar o codigo florestal e sim o modo de ação do governo, pois este só visa os interesses proprios e de grandes produtores que são seus aliados políticos.
Agradeço sua participação no blog.
Mas volto a dizer. Minha sobrinha tem 9 anos e ela sabe que preservar meio ambiente é importante. Todo idiota sabe disso. Mas isso não encerra o problema.
É preciso dar solução aos conflitos de aplicação do Código Florestal. Se vc não sabe o que fazer com os imóveis inviabilizados pelas APP, vc não tem solução. Se vc não sabe o q fazer com o custo de recuperação das RLs, vc não tem solução.
O dia que alguém postar no blog que é preciso preservar os recursos hidricos e nós faremos assim, assim e assado, aí nós teremos o que debater.
Se você não solução, vc não tem nada. Só dizer é que é preciso preservar sem apontar como, é lixo.
QUEM GARANTIRÁ QUE O GOVERNO, FORÇADO POR ESTE MOVIMENTO DITATORIAL VERDE NÃO IRÁ PRESSIONAR O GOVERNO PARA QUE HAJA NOVOS REMENDOS?
AO MEU VER, ESTE NOVO CÓDIGO ESTÁ LONGE DE SER O IDEAL, POIS AINDA MANTÉM A PORCENTAGEM DE 80% DE RESERVA LEGAL PARA A AMAZÔNIA E EM NENHUM MOMENTO OUVI QUALQUER POLÍTICO TENTAR MEXER NESTE PONTO.
BOM LEMBRAR QUE É AÍ QUE ESTÁ O MAIOR PERIGO, POIS A AMAZÔNIA NÃO PODE FICAR ISOLADA COMO ESTÁ EM SUA MAIOR PARTE.
LAMENTÁVEL AINDA É SABER QUE NÃO MAIS SE PODERÁ DERRUBAR UMA ÚNICA ÁRVORE, ENQUANTO EM OUTROS PAÍSES ELES FAZEM ISSO SEMPRE QUE PRECISAM.
A FLORIDA É UM EXEMPLO DISSO, ELA TEM SIDO DEVASTADA CONSIDERAVELMENTE NESTES ÚLTIMOS 15 ANOS E NÃO SE VÊ NENHUM ÚNICO SOLDINHO VERDE DO GREENPEACE GRITANDO NOS EDIFÍCIOS DO GOVERNO AMERICANO.
NO BRASIL, PARECE QUE OS MAIORES CULPADOS SÃO OS NOSSOS POLÍTICOS, TAIS COMO: MARINA SILVA, SARNEY, IVAN VALENTE E OUTROS QUE NÃO TÊM A MÍNIMA IDEIA DE ONDE ESTÃO NOS LEVANDO.
NÓS NÃO PODEMOS VIVER SEM DERRUBAR ÁRVORES!
DESMATAMENTO ZERO É DITADURA PURA!
TEMOS DE NOS LEVANTAR CONTRA ESSE MOVIMENTO VERDE E LIBERTAR PRINCIPALMENTE A AMAZÔNIA DAS MÃOS DESTAS ONGS INTERNACIONAIS.
A MAIOR POLUIÇÃO VEM DAS GRANDES CIDADES, MAS NÃO VEMOS MOVIMENTOS VERDES FOCALIZADOS NA ZONA URBANA, MAS CLARAMENTE O VEMOS FOCALIZADOS NA ZONA RURAL, ISTO PROVA QUE A INTENCÃO DELES É OUTRA.
ENTÃO PROCURE ENTENDER QUE ISSO É UMA AMEAÇA BEM MAIOR DO QUE UM POUCO DE AGROTÓXICO QUE ACABA VAZANDO PELOS RIOS, QUE COM UM POUQUINHO DE EDUCAÇAO NO CAMPO, PODEREMOS REDUZIR ISSO PARA UM NÍVEL BEM MAIS SEGURO.
PLANTAR EM BEIRA DE RIO É UMA PRÁTICA MILENAR QUE NÃO DEVERIA SER MUDADO DE FORMA ALGUMA.
O QUE PRECISA SER MUDADO É A EDUCAÇÃO DO AGRICULTOR, MAS NÃO RETIRARÁ-LO DA BEIRA DO RIO.
A ESTRATÉGIA DAS ONGS LIGADAS AOS PAÍSES RICOS É JUSTAMENTE TIRAR O AGRICULTOR DA JOGADA E EMPURRÁ-LO NO DESERTO.
ENTENDEU?
Menos de 0,1% (um por mil) da água das nascentes vai para o abastecimento familiar.
Os outros 99,9% não têm outra finalidade que seja empurrar dejetos humanos para dentro dos rios maiores e depois para o mar.
Que tal se nos preocupássemos concretamente (não só com palavras), para saber para onde estão indo os dejetos que nós produzimos? Ou é melhor fazer de conta que não os produzimos?
Não vou falar de especificidades pois teria aqui uma lauda e meia, mas de forma geral creio que o que falta é uma visão da realidade (por parte dos ambientalistas) na aplicação prática da legislação ambiental e uma certa consciência por parte dos produtores rurais.
Como disse, precisamos de um meio termo que colabore com a produção rural (e o seu crescimento) e ao mesmo tempo leve em consideração a parte ambiental.
Apesar de termos dois lados aparentemente tão distintos sendo defendidos, um é completamente dependente do outro.
Com relação à aprovação do novo código, ela certamente irá sair do papel e deverá favorecer os agricultores. Talvez não da forma e proporção que eles anseiam.
RL não significa que essa área não possa ser explorada. Manejo de madeira existe pra isso.
Infelizmente pra maioria dos agricultores, área boa é área desmatada pra se fazer pasto ou plantação. Isso é coisa de Senhor Feudal.
O que tem que se mudar não é o código florestal, e sim o pensamento FEUDAL da maioria desses agricultores.
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