Aldo Rebelo numa das audiências públicas do Código Floretal onde, nem Marina Silva, nem nenhum dos seus Marina's Boys, jamais puseram os santos pés verdes |
O homem que adentrou aquele plenário, na última quarta-feira, depois de dois anos de trabalho, de mais de 100 audiências públicas e de 48 horas de duras e solitárias negociações com a máfia ambiental e com a quadrilha do partido da trambicagem, era uma homem tranqüilo, sereno, convicto, mas fisicamente em frangalhos. Dentro do plenário, a maior responsável pela criminalização dos pequenos agricultores do país: Marina Silva. Uma personagem antidemocrática, que durante praticamente dois mandatos petistas, como ministra do Meio Ambiente, impediu que o Congresso sequer discutisse meio ambiente, legislando por medidas provisórias, instruções normativas, decretos e outros instrumentos. Dois dias antes, esta personagem antidemocrática havia levado 14 ONGS para dentro do gabinete da Casa Civil para pedir, exigir, determinar que o Código Florestal não fosse votado. Que o Legislativo fosse amordaçado e ultrajado pelo Executivo.
É importante que se tenha em mente a ordem dos fatos ocorridos naquela noite. Dois partidos queriam suspender a sessão: o PV e o PSOL, cujos requerimentos foram rejeitados. O governo havia anunciado que o acordo estava fechado. Quando a votação iria começar, Marina Silva disparou um twitter afirmando, nas entrelinhas, que Aldo Rebelo havia fraudado o relatório, negociando um texto com o governo e entregue outro para ser votado. Uma “pegadinha”, como ela mesmo escreveu. Ato contínuo, Paulo Teixeira, líder do PT, junto com Cândido Vaccarezza, líder do governo, foram à tribuna para corroborar as acusações de Marina Silva e pedir que a sessão fosse encerrada, sem votação.Tudo combinado nos mínimos detalhes, deflagrado imediatamente após um telefonema recebido por Vaccarezza, direto do Planalto.
Aldo Rebelo, acusado de fraude, pega o microfone e faz a sua defesa. Comprova que não fraudou o relatório, brandindo a única versão de onde constavam as assinaturas dos líderes do governo que participaram da negociação. Profundamente ofendido, relembra que, em 2004, quando Ministro da Articulação Política, "evitou" o depoimento do marido de Marina Silva, acusado pela Polícia Federal, com amplo noticiário na imprensa, de depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Usou o termo “evitou”, obviamente no sentido de que “negociou” com os membros da Comissão a não aprovação de um requerimento que seria feito neste sentido. Relatou tudo isso, claramente emocionado, em pouco menos de um minuto. O final todos conhecem. Graças a uma orquestração conjunta entre Marina Silva e os líderes do governo, de lançar suspeitas infundadas sobre o relator, a sessão foi suspensa, mesmo que o projeto do Código, segundo cálculos mais pessimistas, tivesse ali 350 votos assegurados para ser aprovado.
Os desdobramentos são nojentos. A máfia ambiental e a quadrilha do partido da trambicagem iniciaram uma campanha midiática contra Aldo Rebelo. Ricardo Noblat, um blogueiro conhecido pelo seu isentismo, produziu um post , colocando a seguinte questão: “Aldo foi leviano ou prevaricou?” É o mesmo blogueiro que fez uma enquete perguntando se os Estados Unidos estavam certos ou errados em "assassinar" Bin Laden. Ou seja: condenação sem direito de defesa. Ou covardia de não querer dar uma opinião, concedendo o direito ao leitor de condenar ou condenar. Era o grito que faltava para que o corporativismo midiático passasse a vocalizar e a escrever que o crime não tinha sido a mentira em plenário ou o suposto contrabando de mogno, mas sim um ato político, de um Ministro da Articulação Política, que expressa uma prática política no Brasil. Quantas vezes tucanos impediram depoimentos em CPIs paulistas, com a intervenção direta de governadores? Quantas vezes petistas evitaram depoimentos em CPIs no Congresso, com a intervenção direta de ministros? Aldo Rebelo não escondeu nenhum fato. A denúncia do contrabando de mogno estava sendo investigada pela Polícia Federal. A denúncia estava nas manchetes dos jornais. Ele agiu como "líder do governo" para evitar um desgaste político para a então Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Se Aldo fosse ministro da Justiça ou delegado da Polícia Federal e impedisse as investigações, aí sim, estaria prevaricando.
No entanto, o objetivo foi alcançado. Como o apoio da mídia “isenta”, politicamente correta, a máfia ambiental e a quadrilha do partido da trambicagem, que patrocinaram uma das noites mais imundas da política brasileira, usando truques sujos para impedir o exercício da democracia, a pauta foi invertida. Aldo Rebelo passou a ser um vilão. Um criminoso. Contrabandear um caminhão de mogno ou mentir diante da opinião pública para gerar tumulto no plenário da Câmara passaram a ser crimes menores. Na internet, espalharam-se campanhas de #foraAldo, inclusive patrocinadas por representantes da oposição nas redes sociais. Uma vergonha.
O resultado disso tudo? Leiam os jornais dos últimos dias. A máfia ambiental voltou a comandar a agenda, com o apoio da mídia isenta e politicamente correta. O quadrilha do partido da trambicagem voltou a atacar e diz que não há prazo para aprovar o Código Florestal. Marina Silva teve o desplante de informar que, amanhã, vai à Procuradoria Geral da República pedir para que as denúncias sejam investigadas. Fez isso em vídeo onde aparece com olheiras, cercada de porta-retratos da família, com a cara de santinha do mogno oco. Uma pobrezinha e indefesa, atacada pelos poderosos ruralistas. Na imprensa, ninguém questionou a sua posição antidemocrática e os efeitos da sua acusação sem provas contra Aldo Rebelo. Tampouco Marina Silva, a pura, a santinha do mogno oco, teve a humildade de pedir desculpas por ter faltado com a verdade em relação a Aldo Rebelo.
Aldo Rebelo, por sua vez, recolheu-se ao silêncio. É o exército de um homem só a lutar contra forças muito poderosas e agora também contra o fogo amigo. Contra o inimigo nas próprias trincheiras. Contra uma militância ingênua da oposição que anda pedindo a sua cassação em vídeos nas redes sociais. Sem dúvida alguma, a máfia ambiental e a máfia do partido da trambicagem conseguiram o seu objetivo: vitimizar Marina Silva e satanizar Aldo Rebelo. É fácil engambelar gente tão pura e tão ingênua, que ainda segue palavrinhas de ordem de cachorros velhos muito espertos que são mestres em fazer jornalismo prevaricador, cheio de parentes pendurados nas tetas públicas, dando guarida a todo o tipo de canalhas.
Comentários
O texto transforma Marina em vilã e Aldo em santo.
Quando na verdade nenhum dos dois é uma coisa ou outra.
Winston Churchill
Winston Churchill
Quem até aos 25 anos não for socialista, não tem coração, e após esta idade, se não for capitalista, não tem cabeça; não querendo misturar modelo econômico com ambientalismo, os dois se parecem muito e garanto que sua cabeça ira mudar com a experiência que ira adquirir com o avanço da idade.
Saudações!
Eu não tenho coração.
Sds,
Ciro Siqueira
E MARINA SILVA?
CLARAMENTE LUTA A FAVOR DAS ONGS INTERNACIONAIS E EM NENHUM MOMENTO SE PREOCUPA COM OS PEQUENOS AGRICULTORES QUE NÃO TÊM NEM ONDE CAIR MORTO.
ELA COMO CRISTÃ, TERÁ DE DAR CONTA DISSO PERANTE DEUS, MAS A MINHA DÚVIDA É A SEGUINTE:
SERÁ QUE ELA APOIA AS ONGS INTERNACIONAIS POR INGENUIDADE ACHANDO QUE ESTÁ COLABORANDO PARA "SALVAR" O MUNDO? (NAO SEI DO QUE)
OU ELA ESTÁ LIGADA A ESTA MÁFIA CONSCIENTEMENTE DESTE PLANO MALIGNO PARA DESTRUIR A NOSSA AGROPECUÁRIA?
SERÁ QUE ELA NÃO SABE TAMBÉM QUE TEM OUTROS TIPOS DE PESSOAS INFILTRADAS NESTA MESMA MÁFIA COM O INTUITO DE CONGELAR OS RECURSOS DO GLOBO COMO PARTE DO PLANO DA NOVA ORDEM MUNDIAL?
QUEM É MARINA SILVA?
Abraço,
Abraço,
Não me declaro socialista, mas tão pouco capitalista.
Eu não tenho nada contra Aldo Rebelo, me parece uma pessoa de bons propósitos, mas ele está " representando " mais a elite ruralista e menos os pequenos produtores rurais, e ele caiu nessa cilada . E agora Aldo Rebelo do Partido Comunista do Brasil (PC do B), qual rumo vai seguir ? Newton Almeida
MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO
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