Isto é ética profissional? |
O jornalista não explica qual o interesse dos outros quase 400 deputados que votaram a favor do regime de urgência para a votação do Código Florestal e que não têm multas. Lúcio Vaz não explica qual o interesse da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (Contag) que não tem multa do Ibama e é a favor de mudanças no Código Florestal. O joranlista não menciona que daqui a 30 dias entrará em vigor um decreto que torna todos os produtores rurais que não tem reserva legal averbada, quase 90% do total, virarão criminosos e estarão sujeitos à multas diárias. É esse decreto, que já foi adiado duas vezes e que o governo já disse que não quer adiar novamente, que vem pressa para aprovação do Código Florestal.
O Código Florestal tem problemas sérios de aplicação em campo. Quase 90% dos produtores rurais estão na ilegalidade. Não poderia ser diferente com os produtores rurais que também são parlamentares. Se só 27 dos quase 600 deputados e senadores têm multas do Ibama, provavelmente e por só 27 dos quase 600 parlamentares são produtores rurais ou foram fiscalizados. O "jornalista" da Isto É não menciona os milhares de produtores rurais, grandes e pequenos, também foram multados pelo Ibama por não poderem cumprir o Código Floresal. Clique aqui e veja dezenas e exemplos de produtores rurais brasileiro que não são parlamentares e que dependem da aprovação urgente do Código Florestal.
O repórter chega ao absurdo de incluir o nome e Aldo Rebelo na lista de parlamentares interessados na urgência do Código Florestal. Segundo Lúcio Vez e a Revista Isto É, Aldo Rebelo está na mira do Ibama porque "relator do projeto que agrada aos ruralistas por abrir brecha para desmatamento". Gostaria que Lúcio Vez apontasse o item do relatório de Aldo Rebelo que abre brecha para desmatamento.
A matéria da Lúcio Vaz publicada na veja não é jornalismo. A desinformação pura. Tem o objetivo de criar um factóide e incitar o leitor urbano contra o relatório de Aldo Rebelo a partir de uma mentira, de uma relação de causa e efeito falsa.
Eu gosto quando leio textos como esse da Isto É e aquele outro texto pilantra da Folha de São Paulo. Se os canalhas tivessem bons argumentos não precisariam mentir nem sofismar. Esse tipo de texto é uma mostra do tipo de debate que as ONGs e esses falsos jornalistas querem fazer sobre o tema. No fundo eles não têm como explicar à sociedade brasileira como eles a farão pagar pela preservação do jardim do planeta.
Se a reportagem de Isto É prova alguma coisa é que assim como há produtores rurais e ambientalistas canalhas e sem ética também há jornalistas e veículos de mídia. Caros jornalistas, reflitam sobre esse tipo de matéria. O que aconteceria se houvesse um conselho de ética jornalística?
Comentários
um dia o Brasil, saberá reconhecer o seu trabalho e lhe colocara ao lado dos grandes nomes da nossa nação, a ex. de Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias.
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