Caros, depois da aprovação do Relatório Rebelo na Câmara dos deputados, passei a receber diversos e-mails de produtores rurais pedindo informações sobre situações específicas dos seus imóveis. Gostaria de me desculpas por não responder esses e-mails.
Nos últimos 20 dias a empresa Claro, embora continue me cobrando a assinatura do serviço, não consegue manter meu acesso à internet. Já abri dois chamados junto à empresa, mas o problema não foi resolvido e parece que não será. Esse problema de acesso tem prejudicado meu acompanhamento dos acontecimentos em Brasília com reflexo direto nas informações prestadas via Blog. Também tem dificultado o acesso aos e-mails enviados a mim. Graças a um aparelho de celular da TIM consigo receber e ler algumas mensagens, mas é simplesmente impossível responder a todas.
Em todo caso, para aquelas pessoas que estão preocupadas sobre como ficarão seus imóveis após a aprovação do relatório do deputado Aldo, é necessário esclarecer que as alterações ainda não estão “valendo”. O que continua valendo é o Código Florestal de 1965. Ou seja, tudo continua exatamente como antes.
Para que as alterações aprovadas na Câmara passem a valer é necessário ainda que elas sejam aprovadas no Senado. Caso haja alterações no Senado, o projeto ainda voltará à Câmara. Depois de passar pelo Congresso (Câmara e Senado), o projeto será submetido à Presidência da República, que não pode alterá-lo, mas pode vetar o projeto no todo ou em partes. Só depois de sancionado pela Presidente é que as alterações passarão a valer. Muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte.
Portanto, não mudou nada ainda. Todo continua exatamente como antes. Por isso o setor rural não pode descansar. Há ainda muito por ser feito e, lembrem-se, não temos mais o Aldo Rebelo. Estamos por nossa conta. Os fundamentalistas ambientais sentiram o sabor da derrota. Eles entraram de salto alto no debate na Câmara porque jamais imaginaram que poderiam perdem. Estavam acostumados a vencer o Congresso manipulando a opinião pública urbana via jornalismo chapa verde. Agora eles virão com tudo o que têm e mais alguma coisa.
Ganhamos uma batalha, mas não temos mais um importante líder e o inimigo acordou. Ainda há várias outras batalhas. Podemos vencê-las, mas NÃO PODEMOS DESCANSAR AGORA. O setor rural brasileiro, a agricultura nacional, grandes e pequenos produtores, e o próprio meio ambiente, dependem de vencermos o fundamentalismo ½ ambiental.
Comentários
Mas nunca vencerão, gracas a deus ainda existe razão nesse mundo e seu projetinho será vetado pela nossa presidente.
Essa maldita imprensa (internacional ou nacional) tendenciosa e ignorante, nos retrata como se fossemos os barões escravistas do séc. 19. A lavagem cerebral é forte!
Você não argumenta, apenas apela para ofensas e para repetir chavões.
Quando diz “o traficante que quer a legalização da venda de drogas” acaba provando seu desconhecimento e o quanto está equivocado. Nenhum traficante quer a legalização da venda de drogas, pois eles perderiam o mercado uma vez que não teriam condições de concorrer com grandes empresas legais e bem estruturadas. A Sociedade ganharia com a redução da corrupção e da criminalidade, a renda dos impostos poderia ser usada em campanhas de esclarecimento para reduzir o consumo pela conscientização e assistência para a recuperação de viciados, e, até os consumidores seriam beneficiados com produtos mais baratos e de boa qualidade em vez das misturas mortais que os traficantes vendem. Os traficantes ganham justamente por causa da ilegalidade que afasta os empreendedores legais. Prova disto é que não existem traficantes de bebidas alcoólicas. Os traficantes de drogas estão contentes com a atual legislação, pois ela criminaliza a produção e venda impedindo a concorrência das empresas legais e, ao descriminalizar o consumidor, incentiva o consumo garantindo um grande mercado, pois se não houvesse consumidores não haveria traficantes. É fato notório divulgado pela imprensa que as drogas estão à disposição de quem quiser comprar, logo a “proibição” é uma mentira, é uma grande hipocrisia.
Quanto ao desmatamento, aqui no blog está mais do que demonstrado que ninguém quer desmatar sem dó.
Em vez de repetir chavões, leia com atenção, se informe, não se deixe enganar por falsos profetas ou falsos ambientalistas.
Vinícius Nardi,
Preservação e Desenvolvimento Justos, Sustentáveis e Eficientes.
Ciro, o problema são os seus amiguinhos.
A sua luta os fortalece pra fazer o que sempre fizeram: uma vitória no Congresso, a sensação inebriante da impunidade... e mais três corpos na estrada.
Enquanto isso durar, sua autoridade moral é zero!
Os assassinatos cometidos no Pará devem ser punidos com o rigor que qualquer assassino merece, mas relacionar um assassino alhures com um produtor rural de 5ha no Paraná ou no Piauí, que também estão submetidos ao Código Florestal, não é apenas estupidez ideológica, é má fé, é burrice pura. Enquanto isso perdurar são pessoas como vc que têm autoridade moral para opinar sobre o tema.
obrigado pelos elogios.
Mas a impunidade defendida e aprovada na Câmara pela bancada da motoserra é a mesma que garante a continuidade desses assasinatos.
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