80% ou 50% ?

Qual deve ser o percentual de Reserva Legal na Amazônia?

Os ambientalistas fincaram o pé em 80%. Acho que eles pisaram na bola. Poderiam ter fincado o pé em 95,328%, por que não? A Marina Silva quando era ministra, baseou-se no zoneamneto, e pediu ao Lula autorização para baixar a RL no Acre para 50% e o Lula atendeu. Rondônia, que tem o zoneamento mais antigo do Brasil, também já reduziu a RL para 50%. Mato Grosso teve a maior parte do seu território ocupado com o bioma Cerrado (hoje ele está ocupado com soja e pasto), onde a RL é 35%, mas há um movimento político para que o estado saia da Amazônia Legal o que reduziria a RL para 20%. Fazer parte da Amazônia Legal é um *osta. O Pará, assim como Jack, zoneou em partes. A primeira delas, a região da BR 163, já tem autorização do Conama para a redução da RL para 50%. No resto do estado a governadora, cansou de esperar a autorização do Lula para reduzir o percentual da RL e reduziu ela mesmo por decreto estadual. Que ordenamento jurídico que nada, esperar pra quê? A RL no Pará hoje é 50% e ponto.

Acho que em nenhum lugar da Amazônia a RL ainda é 80%. Não sei porque tanta briga.

Ontem, no seminário do PC do B que discutiu alterações no Código Florestal, a Deputada Vanessa Grazziotin do Amazonas botou palavras na boca no Deputado Aldo Rebelo e disse que ele vai dizer que a RL na Amazônia continuará sendo 80%. Por mim acho que está bom. 80% é um número como outro qualquer. Resta saber no lombo de quem vai ficar essa conta.

Comentários

Luiz Prado disse…
Resta saber, também, se os pequenos produtores rurais que eles resolveram chamar de "povos da floresta" vão ser informados disso ou se o MMA pretende colocar um policial federal ao lado de cada uma das 1 milhão de famílias que vivem no meio rural na Amazônia.

Verdade seja dita, essa governadora do Pará foi corajosa. E ainda por cima mandou às favas o projeto anunciado por Lulalá e ela de replantio de 1 milhão de árvores (outro número mágico) e permitiu que grande parte desse reflorestamento seja feita com Pinus.

Que tal a reserva legal de 0 e a efetiva implantação dos paques nacionais e estaduais de papel, sem estrutura de visitação, sem delimitação clara, e que já ocupam um percentual mais do que suficente da Amazônia?