Primeiro combate pelo Código Florestal

2.500 pessoas lotaram dois auditórios do Centro de Convenções de Ribeirão Petro para acompanhar a audiência pública da Comissão Especial do Código Ambiental. Ambientalistas levaram um caixão para simbolizar a morte da reserva legal, mas o único morto do dia foi o debate razoável. O caixão entrou e saiu vazio porque o Mantovani se recusou a entrar nele.

O relator da comissão, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) acredita que o projeto deve ser votado já em março na Comissão Especial da Agricultura. “Em abril o projeto será votado em plenário. O resultado final será uma lei equilibrada que vai atender ao interesse do meio ambiente e a defesa da agricultura e do desenvolvimento do País”, disse.

O secretário Agricultura de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho, defendeu o bom senso neste momento da polêmica discussão, onde há acusações de ambientalistas de que a reserva florestal pode ser reduzida. “Precisamos discutir sem preconceitos, sem radicalismos”, disse. "Da forma como está o Código Florestal, são mais de 3 milhões de hectares em que São Paulo deixaria de produzir, arrematou o secretário, João Sampaio.

Sampaio Filho também defendeu a remuneração dos produtores para que eles cuidem da preservação. “Se a gente incentivar o produtor, se ele for remunerado, muitos poderão optar por recompor as suas áreas. O que não dá é para dizer ao produtor, que já tem renda deficiente, que ele vai deixar de produzir em 20% da propriedade dele.” A promotora Cristina de Araújo Freitas, do Ministério Público Estadual, criticou a proposta e foi vaiada.

Segundo o presidente da Comissão Especial, Moacir Micheletto (PMDB-PR), a audiência de ontem foi a 25ª feita nos estados. Hoje a discussão será em Uberaba e Belo Horizonte (MG).

Com informações da Gazeta de Ribeirão e da Folha de São Paulo

Comentários

Luiz Prado disse…
Ambientalista eh chato pra dedeu. Nao sabem nada e gostam de teatrinhos.