Fetaeg denuncia atrasos na reforma agrária causados pela lei ambiental

A se­cre­tá­ria de Po­lí­ti­ca Agrá­ria da Fe­de­ra­ção dos Tra­ba­lha­do­res na Agri­cul­tu­ra do Es­ta­do de Go­i­ás (Fe­ta­eg), San­dra Pe­rei­ra, diz que um dos mai­o­res en­tra­ves pa­ra o bom fun­cio­na­men­to dos as­sen­ta­men­tos em Goiás tem si­do a di­fi­cul­da­de na ob­ten­ção de cré­di­tos — ge­ra­da por questões ju­di­ci­ais li­ga­das ao meio ambiente.

San­dra des­ta­ca que, sem re­cur­sos, as fa­mí­lias não con­se­guem tra­ba­lhar na terra. “Além de não ob­ter em­prés­ti­mos no ban­co, os as­sen­ta­dos são no­ti­fi­ca­dos pe­lo In­cra pa­ra re­cu­pe­ra­rem o passivo am­bien­tal, sen­do mul­ta­dos por des­ma­ta­men­tos pe­los qua­is não são res­pon­sá­veis”, diz Sandra. Ela sus­ten­ta que ter­ras fo­ram ad­qui­ri­das sem a re­ser­va le­gal obri­ga­tó­ria e não se realizaram as de­vi­das es­tru­tu­ra­ções dos as­sen­ta­men­tos. Ho­je, fri­sa, as fa­mí­lias pa­gam o pre­ço pe­la fa­lha.

Se­gun­do Ro­gé­rio Aran­tes, su­pe­rin­ten­den­te re­gi­o­nal do In­cra, du­as me­di­das im­por­tan­tes têm sido to­ma­das pa­ra aten­der as exi­gên­cias da lei am­bien­tal. No ca­so das ter­ras que não pos­su­em re­ser­va, o In­cra ten­ta alo­cá-las den­tro do pró­prio as­sen­ta­men­to. Ca­so não se­ja pos­sí­vel, o institu­to ad­qui­re ou­tras áre­as pa­ra que se­ja fei­ta o ma­ne­jo. “Es­ta­mos, por exem­plo, ten­tan­do com­prar a Fa­zen­da Ari­cá, no mu­ni­cí­pio de Aru­a­nã. Ela tem 14 mil hec­ta­res que vão ser­vir exclusi­va­men­te pa­ra pa­gar os 22 mil hec­ta­res de pas­si­vo que o In­cra tem com o Iba­ma.”

As informações são do Jornal Opção de Goiãnia.

Em tempo, quem é mesmo que vai pagar a conta?

Comentários

Luiz Prado disse…
QUE BOM QUE, ENFIM, OS TRABALHADORES RURAIS COMEÇAM A SE POSICIONAR, DE MANEIRA A INICIAR A DEMOLIÇÃO DO MITO DA "BANCADA RURALISTA", DO GRANDE CONTRA O PEQUENO - ESSE MITO TÃO CONVENIENTE AOS ZAMBIENTALISTAS URBANÓIDES.

ALIÁS, ALGUÉM JÁ OUVIU FALAR DE UM SUJEITO COM DOUTORADO EM AGRONOMIA E DUAS DÉCADAS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS AGRO-SILVO-PASTORIS SE AUTO-DENOMINAR, COM ORGULHO VÃO E VAZIO, OU SER CHAMADO DE "AMBIENTALISTA"?