O que pensa o agricultor do Código Florestal ? (II)

José Cláudio de Paula, de 38 anos, veio de Rubiataba, interior de Goiás, em 1996, depois que seu pai adquiriu uma fazenda na região. Em 2000, comprou uma parte da Casa da Roça, tornando-se um dos quatro sócios da rede de 12 lojas em 12 municípios do Pará. De lá para cá, abriram mais duas filiais e montaram uma fábrica de sal mineral. Seus clientes perto de Marabá criam principalmente gado.

Cláudio se queixa da exigência de 80% de reserva legal nas fazendas da Amazônia. Ele lembra que a União incentivou a vinda dos fazendeiros - incluindo seu pai - e a condição para a liberação de recursos era que os proprietários desmatassem - ou "abrissem", no jargão rural - pelo menos 50% das terras. "Era o contrário", aponta. "Estamos sendo obrigados a assinar TAC (Termo de Ajustamento de Conduta, com o Ministério Público) para regularizar nossa criação." Seu pai tem 800 cabeças de gado e 450 hectares. "Não é que piorou com a lei ambiental, mas precisava existir flexibilidade para deixar usar pelo menos 50% da área que foi desmatada, senão fica inviável."

É comum ouvir essas queixas em Marabá. "Tem uma política ambiental contra nós", acusa o empresário Seme Alcici Assaf, de 49 anos, distribuidor de frango e de embutidos, com 936 clientes espalhados por 30 municípios da região. "O Ibama nos trata como marginais. Dizem que está destruindo a mata, mas o americano não destruiu a dele?"

Com informações do Estadão. Leia a íntegra aqui.

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