Campo ensaia insurgência contra o Código Florestal

Centenas de produtores e trabalhadores rurais se reuniram na última sexta-feira no município de Tapera, no Rio Grande do Sul, para pressionar pela votação de mudanças no código florestal. Até abril, o governo e congresso avaliam mudanças na lei. Arno Maldaner, 62 anos, possui 30 hectares de terra em Tapera, onde cultiva soja, milho, trigo e aveia. Participante da mobilização, Maldaner queria mostrar desagrado com os 20% de Reserva Legal exigidos pelo Código. "Tenho parte da minha área às margens do Rio Jacuí. Lá, está tudo preservado. Como há muitas vertentes perto da lavoura, terei dificuldades", disse o produtor. Além de impor uma área de reserva legal em cada propriedade, o novo código limita o plantio em áreas próximas às margens dos rios e em topos de morros e várzeas (comprometendo culturas como a uva e o arroz). Durante a assembleia no parque de exposições de Tapera, representantes de 47 sindicatos rurais de trabalhadores e patronais, deputados e prefeitos, mostraram contrariedade. Gedeão Pereira, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), considerou “inviável” a reserva de 20%. "Precisamos mudar isso", disse Pereira.

Seria bom se manifestações como essa pipocassem por todos o país.

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