Para WWF, planície do Pantanal está preservada graças à pecuária

Ações de pecuária tradicional e sustentável vêm colaborando com a preservação e serão reconhecidas pela entidade e órgãos ‘de peso’ do agronegócio

Com o apoio da WWF, a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) lançou na última terça-feira (3) o “Protocolo de Carne Sustentável”, que certifica criações extensiva de bovinos com preocupação ambiental.

Segundo a entidade, pecuaristas que decidirem aderir deverão adotar práticas como ajustes de pastagens para evitar a perda de nutrientes do solo, além da não utilização de produtos químicos e de pastagens nativas do Pantanal, e também reforçar a proteção dos recursos hídricos e recuperar áreas degradadas. A ideia é certifica principalmente os produtores da região do Pantanal.

“Esse protocolo valoriza o homem pantaneiro, sua cultura e os processos produtivos que há mais de 200 anos preservam o bioma. Somente são admitidos animais comprovadamente nascidos no Pantanal e alimentados com pastagens naturais. Caso o produtor opte por fornecer grãos ao rebanho, eles precisam ser certificados e não-transgênicos”, explica Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO.


Pecuária preserva Pantanal

Desde 2003, o WWF já apoiou a certificação de 180 mil hectares com pecuária sustentável, no Mato Grosso do Sul. Um estudo da ONG divulgado em junho indicou ainda que a pecuária vem colaborado para a preservação da região pantaneira. “Graças à pecuária tradicional do Pantanal, 82% da planície pantaneira ainda está preservada. A parceria com o setor produtivo é de fundamental importância para que nossa missão de produzir em harmonia com a natureza seja alcançada garantindo a sustentabilidade socioambiental e econômica para esta e as futuras gerações”, diz Júlio César Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF.

Além da WWF e a ABPO, outras entidades contribuem para o projeto “Protocolo da carne sustentável”. Ele está depositado na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é fiscalizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e auditado pelo Instituto Biodinâmico (IBD).

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