A estimativa de intenção de plantio para a safra 2017/2018 de grãos aponta para uma produção entre 224,1 a 228,2 milhões de toneladas, o que representa um recuo entre 6 e 4,3% em relação à safra passada, de 238,5 milhões de toneladas. Os números estão no 1º Levantamento da safra 17/18, divulgado nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Condições climáticas altamente favoráveis contribuíram para a safra passada alcançar recorde histórico. Tais condições dificilmente se repetirão, por isso a expectativa de redução produtiva. Com relação à área plantada, espera-se a manutenção ou um aumento de até 1,8% sobre a safra 2016/2017, podendo atingir números aproximados de 61 a 62 milhões de hectares, graças ao aumento do plantio de algodão e, sobretudo, da soja.
A produtividade deve sofrer redução para praticamente todas as culturas. A previsão se baseia nas análises estatísticas das séries históricas e dos pacotes tecnológicos utilizados nos últimos anos, uma vez que recém começou o plantio das culturas de primeira safra.
Soja e milho continuam como as principais culturas e devem responder por cerca de 89% do total produzido no país. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106 e 108 milhões de toneladas e a do milho total, 93,5 milhões, distribuídas entre primeira e segunda safra.
A área para milho primeira safra, que sofre a concorrência do cultivo de soja, deve ser reduzida entre 10,1% a 6,1% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área absoluta entre 552,5 e 336,3 mil hectares. Já a soja, que vem oferecendo maior liquidez e possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas, deve alcançar maior área para produção, com um incremento médio de cerca de 2,7% comparado à safra passada, algo entre 34,5 e 35,2 milhões de hectares.
Produtos como algodão, feijão preto, girassol e mamona deverão aumentar sua produção. O algodão deve ter também aumento de área em relação à safra anterior. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, entre os dias 24 a 29 de setembro.
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Em tempo, este blogger acha necessário ressaltar que a possível redução da próxima safra em volume e em produtividade em relação ao ciclo anterior não se dar por nenhum problema estrutural. Mas apenas e tão somente em função da excelência da safra passada. Em resumo, a safra do ciclo 16/17 foi tão boa em volume e produtividade que será difícil obter as mesmas condições no próximo ciclo.
Veja também: Safra brasileira do ciclo 16/17 é 30% maior do que a de 15/16
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