Homens armados e encapuzados ligados ao Ibama realizaram uma operação na Terra Indígena (TI) Kayapó, no Pará. Em três dias, com apoio de três aeronaves, o grupo destruiu 13 balsas, 12 escavadeiras hidráulicas, 4 motobombas e 1 caminhão. As atividades dentro da TI foram identificadas e mapeadas através de monitoramento por satélites.
A ação foi acompanhada por um representante da Fundação Nacional do Índio (Funai). “A ganância pelo ouro coloca em risco a terra indígena, reduto de biodiversidade e da cultura do povo Kayapó. O garimpo destrói o curso d'água, contamina rios com mercúrio, desmata a floresta, degrada o solo e provoca a caça de animais silvestres”, diz o biólogo Roberto Cabral, que coordenou a operação dos encapuzados.
O mesmo bando tentou ação semelhante na Terra Indígena Munduruku, também no Pará, no último mês de junho. Na ocasião, um dos encapuzados atacou um índio com uma arma não letal, mas o bando teve que fugir ao perceber a reação dos indígenas que estavam em maior número. Veja matéria sobre o caso publicada no jornal Falha de São Paulo.
Com 3,28 milhões de hectares, a TI Kayapó abrange os municípios paraenses de Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e São Felix do Xingu.
Em encontro com representantes do Ibama e da Funai, o cacique da aldeia Pukararankre, Garapera Kayapó, condenou o garimpo em outras áreas da TI. “Nós, que moramos no Rio Xingu, mantemos a floresta e o rio preservados. Não queremos que entre garimpeiro, temos que garantir o nosso futuro.”
A matéria original publicada no site dos encapuzados não ouviu as lideranças indígenas ligadas às atividades ilegais até o fechamento desta edição.
Veja também: Projeto de Lei tenta coibir arbitrariedades do Ibama na Amazônia
Com informações e imagem do Ibama adaptadas pela euquipe de sátiros do blog.
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