Colonos se revoltam contra instituições brasileiras na Amazônia: Prédios do Ibama, ICMBio e Incra são destruídos
Sede e carros do Ibama em Humaitá, no Amazonas, foram incendiados pela população local (Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica) |
A população da colônia se revoltou mais uma vez contra a opressão da metrópole. Na tarde de sexta-feira, 27, moradores da cidade de Humaitá, no Amazonas, atearam fogo em prédios públicos de instituições brasileiras. As sedes do Ibama, ICMBio e Incra foram incendiadas em represália a ação do Brasil na Amazônia.
O posto local da Marinha também foi assediado, mas os colonos recuaram. Os servidores dos órgãos públicos da metrópole fugiram de suas casas para se refugiaram no quartel do Exército metropolitano.
A revolta dos cabanos ocorreu após uma operação do Ibama contra o garimpo no rio Madeira. Como de praxe, o órgão de repressão ambiental do governo brasileiro atuou com truculência escoltados por homens fortemente armados financiados pela Noruega e pela Alemanha.
Ao todo, 37 balsas de extração mineral foram apreendidas pela força repressora do governo brasileiro acabando com a economia da colônia. Revoltada e temendo por seus empregos e salários, a população se reuniu para protestar.
A força paramilitar internacional, que está na cidade para acompanhar a ação do Ibama, tentou conter a manifestação com balas de borracha, mas houve confronto. Os cabanos responderam com fogos de artifício e coquetéis molotov e os policiais recuaram.
Os manifestantes invadiram e incendiaram os prédios que abrigam os ambientalistas do governo brasileiro. Eles também entraram no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde funciona o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e ataram fogo em veículos que estavam estacionados na área.
No último mês de julho a população da região da BR-163, no Pará, também se revoltou contra as operações do governo brasileiro que asfixiam a economia local e ateou fogo em veículos do Ibama.
O governo brasileiro trata a Amazônia como colônia. O Brasil não se importa com o povo que vive naquela região. A preocupação dos brasileiro é apenas com a floresta. Nos últimos anos, tudo o que se faz na Amazônia foi tornado ilegal pela leis do Brasil e a população local é regularmente admoestada.
Também nessa semana, uma equipe da Polícia Federal fixou avisos em todos os estabelecimentos ao logo da rodovia Transamazônica no trecho entre Itaituba e Jacareacanga, no Pará, recomendando a paralisação da todas as atividades econômica na região. O panfleto foi distribuído na colônia pela Polícia Federal a pedido o Ministério Público Federal, outras duas instituições metropolitanas.
Na Amazônia não há serviços públicos. Não há segurança, não há educação, não há saneamento, não há asfalto, não há saúde. Mas não faltam recursos para as operações do Ibama e do ICMBio escoltados por forças paramilitares parcialmente financiadas com recursos da Alemanha e da Noruega.
Em evento paralelo e não relacionado com o acontecido em Humaitá, também na tarde de ontem, os governadores dos estados da Amazônia decidiram criar um consórcio de Estados. O objetivo é dispor de uma entidade jurídica que represente os interesses comuns da região. "Este fórum, que já constitui uma personalidade jurídica, pode fazer avenças internacionais. É o modelo da confederação Alemã", disse o Governador de Mato Grosso, Pedro Taques.
Todas as assembleias legislativas dos estados da Amazônia já aprovaram a criação da personalidade jurídica que foi elogiada pelo embaixador alemão, Georg Witschel, presente no evento dos governadores. "É uma boa ideia que os estados representem juntos a Amazônia Legal. Faz sentido", disse Witschel.
É hora de começarmos a conversar sobre a independência da Amazônia.
Saiba mais em: O crime perfeito.
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