Ambientalistas apóiam pesquisa que sugere mudanças no Código Florestal.

No mês passado um grupo de ONGs organizou um workshop em São Paulo. Convidaram um grupo de jornalistas amigos e disseram que iriam apresentar trabalhos científicos que demoliriam os argumentos dos ruralistas para modificar o Código Florestal. Um dos trabalhos apresentados foi o do pesquisador Gerd Spavorek da USP. O trabalho de Spavorek aparentemente contradiz o trabalho do Evaristo Miranda da Embrapa. Miranda diz que, se considerarmos a legislação ambiental, sobra pouca área para produção. Spavorek diz que, mesmo com a legislação ambiental, há área suficiente para a produção.

O zambientalistas ficaram de olhinho brilhando. Tinham encontrado um cientista para chamar de seu e que usariam o trabalho de Spavorek para justificar que o Código Florestal é a melhor lei do mundo. Só que o mundo real teima em não se encaixar nos delírios das fundamentalistas do ½ ambiente e a ciência reflete esse desalinhamento. Veja um trecho de um artigo de Spavorek sobre o trabalho dele:

A idéia da revisão da legislação, ou sua complementação com novos mecanismos, não deve evitar o desenvolvimento, mas sim criar mecanismos para que ele ocorra de forma a não degradar desnecessariamente recursos naturais que, felizmente, ainda existem no Brasil. A vegetação natural tem elevado valor como está, prestando serviços ambientais, contribuindo para a conservação da biodiversidade e mitigando efeitos das elevadas emissões de gases de efeito estufa. Degradar áreas de vegetação natural sem necessidade é um caminho quase sem volta. A recuperação, além de ser uma operação cara e de difícil execução, é apenas parcial em temos de valor ecológico. Evitar a degradação e revisar o Código Florestal de maneira que ele possa melhorar sua eficiência nos parece ser o caminho, provavelmente não o mais fácil, mas certamente o mais responsável. Leia aqui a íntegra deste artigo com ilustrações.

A pesquisa de Spavorek foi feita em conjunto com o aluno de doutorado da Esalq, Alberto Barretto, o consultor Israel Klug, e Göran Berndes, professor da Universidade de Chalmers, na Suécia.

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