Código Florestal custará R$ 6 bi por ano, diz Banco Mundial

Estudo do Banco Mundial estima em cerca de R$ 6 bilhões por ano o custo para recuperar áreas de Reserva Legal e APPs desmatadas em propriedades rurais no país. A instituição defende a recuperação dessas áreas como uma das medidas com maiores chances de sucesso para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global nas próximas duas décadas. O estudo Cenários de Baixo Carbono para o Brasil será divulgado amanhã (17). Este blogger estará atento.

O estudo do Banco Mundial aponta dificuldades para recuperar 44 milhões de hectares de floresta, dimensão estimada para o passivo ambiental das áreas de proteção nas propriedades rurais. "Para começar, é uma atividade dispendiosa. Em segundo lugar, propriedades rurais perderiam áreas produtivas."

A legislação atual impõe a preservação de vegetação nativa em pelo menos 20% das propriedades e atribui ao proprietário a responsabilidade e os custos pela recomposição. O porcentual chega a 80% nas áreas de floresta na Amazônia. "Não é fácil a aplicação da legislação", afirma o estudo do Banco Mundial.

Em tempo, vejam só, é necessário uma equipe de gênios do Banco Mundial para concluir que "não é fácil cumprir" o Código Florestal. Essa dificuldade vem do fato de que esse custo é todo jogado no lombo do produtor rural. É o produtor rural que terá de desembolsar 6 bilhões de reais por ano para perder receita transformando parte da sua área agrícola em RL. Alguém já se perguntou se o setor tem condições de arcar com esse ônus?

Comentários

Luiz Prado disse…
NENHUM PAÍS SE DESENVOLVEU COM BASE EM "APOIOS" DO BANCO MUNDIAL.

OS CARAS FAZEM UM ESTUDO DESSES, BURRO, QUE CALCULA O CUSTO DE INVESTIMENTO NA RECUPEAÇÃO DE ÁREAS AGRÍCOLAS, COMPARA COM CUSTOS SIMILARES DE OUTRAS ALTERNATIVAS, MAS NÃO INCLUI A ANÁLISE DE RISCOS NA ÁREA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E, AINDA MENOS, OS RENDIMENTOS CESSANTES AO LONGO DE 30 ANOS (POR EXEMPLO)EM DECORRÊNCIA DA PROPOSTA QUE INTERESSA AOS VERDADEIROS PATRÕES DELES.