Preservação por asfixia econômica: entenda como funciona

A expulsão dos fazendeiros da reserva Raposa Serra do Sol e a consequente queda da produção agropecuária tiveram impacto forte na economia de Roraima.

Roraima já sente o impacto econômico. Desde a saída dos fazendeiros, que ocupavam 1,5% da área da reserva, a produção de arroz, principal atividade agropecuária do estado, diminuiu 60%. A Secretaria de Planejamento do Estado calcula uma queda de 2,1% no produto interno bruto do estado neste ano. Mas não são apenas os arrozeiros que lamentam a decisão do Supremo. Entre os não índios obrigados a deixar a região, existiam comerciantes, motoristas, mecânicos, trabalhadores rurais e prestadores de serviços em geral. A maioria foi para Boa Vista e hoje está desempregada.

Enquanto isso, na Raposa Serra do Sol, a paisagem já não é a mesma de um ano atrás. O mato cobre as áreas mais produtivas do estado de Roraima, enquanto os poucos índios que ainda vivem ali passam o dia assistindo à televisão (a maioria das malocas tem antena parabólica). Quando precisam de mantimento, vão de carro ao supermercado em Boa Vista e compram arroz importando do Uruguai.

"Não temos nenhum interesse na produção de arroz", afirma Dionito José de Souza, líder de parte dos índios da reserva, ao ser questionado sobre o que faria nas áreas herdadas dos rizicultores. "Temos parceiros estrangeiros que sempre nos ajudaram. Os noruegueses estão doando 1 milhão de reais aos nossos projetos", diz Dionito.

Trechos de reportagem da revista Exame: Leia a íntegra.

Em tempo, Lula apoiou incondicionalmente a criação da Reserva Raposa Serra do Sol em Roraima. Resultado: Roraima foi o único Estado da federação onde Lula perdeu de lavada para Geraldo Alckmin na última eleição, mesmo assim Lula venceu. As estratégias de preservação lançadas na Amazônia arruinam (a economia e os empregos d)o povo amazônida, mas o povo amazônida não tem peso político. Os votos da Amazônia não determinam uma eleição nacional. Conseqüentemente, os políticos não têm nenhum pudor em phornicar o povo amazônida se isso for necessário para ficar bem na foto com os fundamentalistas de ½ ambiente e a mídia cabeça-feita. É o greenwashing canalha.

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