Texto de Irineu Guarnier Filho publicado ontem no jornal gaúcho Zero Hora.
Como em toda discussão em que as paixões se impõem sobre a razão, o debate acerca do novo Código Florestal Brasileiro torna-se cada dia mais passional e menos científico. E, quando isso acontece, quem perde são os produtores rurais pequenos, médios e grandes. Porque, a julgar pelos argumentos dos que mais radicalmente se opõem às mudanças, a impressão que se tem é a de que, aos produtores, só interessa avançar suas lavouras sobre florestas, margens de rios e encostas de morros. Como se eles não dependessem dos recursos naturais seu maior patrimônio para continuar produzindo.
Se os produtores não tratarem desde já de explicar claramente à sociedade que é possível conciliar preservação ambiental com exploração agrícola, chegarão ao dia da votação da nova lei com uma máscara de Átila, o huno, afixada à sua imagem. Porque, ao contrário do que vi em Israel, na França, na Argentina e no Chile, onde os agricultores são idolatrados pela população urbana, no Brasil o árduo encargo de produzir alimentos, biocombustíveis e saldos positivos na balança comercial ainda é visto por muitos como privilégio de uma elite insensível à natureza.
Como em toda discussão em que as paixões se impõem sobre a razão, o debate acerca do novo Código Florestal Brasileiro torna-se cada dia mais passional e menos científico. E, quando isso acontece, quem perde são os produtores rurais pequenos, médios e grandes. Porque, a julgar pelos argumentos dos que mais radicalmente se opõem às mudanças, a impressão que se tem é a de que, aos produtores, só interessa avançar suas lavouras sobre florestas, margens de rios e encostas de morros. Como se eles não dependessem dos recursos naturais seu maior patrimônio para continuar produzindo.
Se os produtores não tratarem desde já de explicar claramente à sociedade que é possível conciliar preservação ambiental com exploração agrícola, chegarão ao dia da votação da nova lei com uma máscara de Átila, o huno, afixada à sua imagem. Porque, ao contrário do que vi em Israel, na França, na Argentina e no Chile, onde os agricultores são idolatrados pela população urbana, no Brasil o árduo encargo de produzir alimentos, biocombustíveis e saldos positivos na balança comercial ainda é visto por muitos como privilégio de uma elite insensível à natureza.
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