Vejam o vídeo abaixo. É um trecho de uma entrevista feita pelo ambientalista Mario Mantovani com o cientista político Tony Gross. Gross é um ambientalista das antigas. Ele esteve envolvido, junto com Adrian Cowell, Steve Schwartzman, Bruce Rich e outros, com a promoção internacional do Chico Mendes na segunda metade dos anos 80 e ajudou a articular junto à extrema direita norte americana a interrupção do financiamento internacional às obras de infraestrutura do governo brasileiro. A turma dos anos 80, Gross entre eles, praticamente fundou o ambientalismo brasileiro que conhecemos hoje.
Se considerarmos que Gross fez parte da primeira geração de ambientalistas modernos, Mario Mantovani faz parte da segunda. Foi um dos garotos contratados pelas ONGs que abundaram depois do assassinato de Chico Mendes em 1988.
A geração de ambientalistas da qual Gross fez parte escolheu suas estratégias de atuação: polarização, denúncia, emfrentamento, a exposição pública dos mal feitos dos inimigos, a manipulação da opinião pública através do auto martírio, etc. A verve e o radicalismo da primeira geração deram vida ao ambientalismo e fizeram dos ambientalistas players importantes por todo o mundo. A segunda geração, da qual Mantovani faz parte, apenas copiou essa estratégia.
Mas o mundo muda e quem pensa, em geral, muda junto com o mundo. O radicalismo foi importante para dar cadeira aos ambientalistas nas tomadas de decisão. Acontece que uma vez sentado à mesa não dá para ficar de braços cruzados dizendo não. O radicalismo prestou um papel importante no passado, mas hoje é um desserviço. Gross foi capaz de evoluir, Mantovani, não.
Outros ambientalistas, assim como Gross, perceberam a necessidade de evolução do movimento ambiental. Há sinais dela em textos de Daniel Nepstad do Woods Hole Research Center, em declarações de Raul do Valle do Instituto Socioamental, na ONG Aliança da Terra que nasceu da iniciativa de produtores rurais, pesquisadores como Bertha Becker, Alfredo Homma, Sergio Margulis, há tempos argumentam pela necessidade de se fugir da armadilha do radicalismo. Há sinais dessa terceira via ambiental no Congresso em parlamentares novos como Roberto Rocha e Marcos Montes. Dentro da própria CNA, na recente gestão da Senadora Katia Abreu, há sinais de mudança no comportamento da velha mentalidade de expansão da fronteira por uma nova forma de se ver o mundo rural.
Por todos os lados começam a apontar sinais dessa "terceira via" ambiental. O desenvolvimento dessa via alternativa dependerá do isolamento do radicalismo de gente como Luiz Carlos Heize e Mario Mantovani, que nada mais são do que duas faces da mesma moeda velha, que foi importante no passado, mas que já não tem mais valor nenhum.
A geração de ambientalistas da qual Gross fez parte escolheu suas estratégias de atuação: polarização, denúncia, emfrentamento, a exposição pública dos mal feitos dos inimigos, a manipulação da opinião pública através do auto martírio, etc. A verve e o radicalismo da primeira geração deram vida ao ambientalismo e fizeram dos ambientalistas players importantes por todo o mundo. A segunda geração, da qual Mantovani faz parte, apenas copiou essa estratégia.
Mas o mundo muda e quem pensa, em geral, muda junto com o mundo. O radicalismo foi importante para dar cadeira aos ambientalistas nas tomadas de decisão. Acontece que uma vez sentado à mesa não dá para ficar de braços cruzados dizendo não. O radicalismo prestou um papel importante no passado, mas hoje é um desserviço. Gross foi capaz de evoluir, Mantovani, não.
Outros ambientalistas, assim como Gross, perceberam a necessidade de evolução do movimento ambiental. Há sinais dela em textos de Daniel Nepstad do Woods Hole Research Center, em declarações de Raul do Valle do Instituto Socioamental, na ONG Aliança da Terra que nasceu da iniciativa de produtores rurais, pesquisadores como Bertha Becker, Alfredo Homma, Sergio Margulis, há tempos argumentam pela necessidade de se fugir da armadilha do radicalismo. Há sinais dessa terceira via ambiental no Congresso em parlamentares novos como Roberto Rocha e Marcos Montes. Dentro da própria CNA, na recente gestão da Senadora Katia Abreu, há sinais de mudança no comportamento da velha mentalidade de expansão da fronteira por uma nova forma de se ver o mundo rural.
Por todos os lados começam a apontar sinais dessa "terceira via" ambiental. O desenvolvimento dessa via alternativa dependerá do isolamento do radicalismo de gente como Luiz Carlos Heize e Mario Mantovani, que nada mais são do que duas faces da mesma moeda velha, que foi importante no passado, mas que já não tem mais valor nenhum.
Comentários
O que me interessa é o papel dos "ambientalistas", que não é e nem foi muito diferente do papel das "feministas". A real origem esteve muito antes e não foram os "ambientalistas" que colocaram a questão ambiental na ordem do dia.
Já no início do século XX engenheiros e economistas calculavam o custo social da poluição atmosférica em áreas urbanas e na produção agrícola, nos EUA e na Inglaterra. O Clean Water Act norte-americano é dos anos 50, MUITO anterior a esses ambientalistas de algibeira. Os grandes problemas das mudanças climáticas não sairam dos movimentos ambientalistas, mas de estudos científicos que se iniciaram no seculo XIX e ganharam corpo em meados do século XX. A associação de usuarios de água do Ruhr, na Alemanha, surge no início do século XX! - atravessa dos Reichs e lá está, com o rio limpo.
O movimento ambientalista tem apenas o papel de disseminação - se tanto -, e mais recentementem de pura demagogia. É só notar que cientistas e profissionais de boa estirpe da EMBRAPA aos órgaõs estaduais de meio ambiente não prestam qualquer atenção aos tais ambientalistas. Esses bons profissionais, com excelente formação, sim, devem ser mais ouvidos.
Os outros só obedecem a interesses políticos de ocasião.
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