Código Florestal e o barril de pólvora mineiro

Caros, recomendo a leitura da coluna de hoje de Vittorio Medioli no jornal mineiro O Tempo On-Line: O Código Florestal de Göering.

Trechos:

"Se já havia um clima de conflitualidade no campo, como nunca se viu entre órgãos públicos e entidades privadas, exacerbado pela brutalidade da secretaria por invasão armada de propriedades, sequestros de produção, embargos, multas superiores ao próprio valor da propriedade, retenção infindável de licenciamentos, hoje se pode ver o início de uma revolta que não demorará a se manifestar.

Pesa sobre a atividade rural, mais do que sobre qualquer outra, uma ciranda de contínuas alterações e acréscimo das normativas ambientais, como se isso fosse possível sem aprovação do Poder Legislativo, da discussão com as entidades.

O novo Código Florestal de Minas agravou precipitadamente a situação do pequeno produtor. Sentenciou a inviabilidade de 80% das propriedades rurais do Estado e condenou a extinção da espécie humana no território de inteiras regiões como o Sul de Minas, as Vertentes e até os vales do Rio Doce, do Mucuri e Jequitinhonha.

Göering não conseguiria ser tão explícito quando determinou o início do Holocausto.

Apenas um governante avesso à lógica e à justiça poderia aceitar como "modernidade" o enforcamento do pequeno fabricante de queijo da Mantiqueira, do produtor de batatas de Maria da Fé, de café de Carmo de Minas, de bananas de Pedralva, de marmelo de Marmelópolis. Esse holocausto, já sentenciado às pressas com a colaboração de deputados, que nisso dão a dimensão exata da fidelidade a suas bases, servirá para algo de bom?"

Leia o artigo completo:O Código Florestal de Göering.

Comentários

Luiz Prado disse…
A Secretaria de Meio Ambiente de lá estava nas mãos de um medíocre, historicamente refém de quem quisesse lhe fazer refém ou prometesse uns votinhos. Para adotar o estilo Ricardo Boechat, ele tem nome e chama-se: Josè Carlos de Carvalho. É o mesmo que fechou os olhos aos muito mega-vazamentos de barragens de escória de minério que inundaram cidades inteiras ao longo do Vale do Paraiba do Sul.