O Globo News Painel realizou ontem um debate sobre as alterações do Código Florestal com a participação do Dep. Aldo Rebelo, do coordenador-chefe dos Marina's Boys, J.P.Capobianco, e do Eng. Agrônomo André Nassar, do Icone. O debate foi mediano pelo jornalista Tonico Ferreira que, como todo bom jornalista, não conhece patavinas do Código Florestal e suas contradições.
Veja nos vídeos abaixo:
É impressionante como do debate não assenta sobre o problema real: o ônus da preservação de florestas. Todos parecem concordar que é o produtor rural quem tem que usar recursos seus (particulares) para preservar florestas cujos benefícios são públicos. E isso está errado. É exatamente aí que reside o problema.
Também é impressionante como as pessoas não conseguem mostrar que o Código Florestal como está hoje torna mais produção incompatível com mais preservação. O problema no Código Florestal não é uma questão de querer desmatar mais, mas o Código Florestal de hoje exige que se transforme área agrícola em florestas e é isso que cria a incopatibilidade. O problema é o "passivo" de RL e não escassez de área agrícola.
Primeiro Bloco
Segundo bloco.
Também é impressionante como as pessoas não conseguem mostrar que o Código Florestal como está hoje torna mais produção incompatível com mais preservação. O problema no Código Florestal não é uma questão de querer desmatar mais, mas o Código Florestal de hoje exige que se transforme área agrícola em florestas e é isso que cria a incopatibilidade. O problema é o "passivo" de RL e não escassez de área agrícola.
Comentários
Além disso, quanto custaria transformar a pecuária brasileira em criação estabulada de gado em termos de insumos derivados do petróleo!
É exatamente isso que devíamos estar debatendo. Mas o fundamentalismo ambiental foge desse tema.
Sempre que se fala em alterar o Código Florestal eles jogam a pecha "os ruralistas querem salvo conduto desmatar mais" e assim guiam a opinião pública.
Na verdade as pressões por mudanças na lei vêm exatamente do custo (econômico e SOCIAL) de recuperar o passivo de RL convertendo área agrícola em florestal de "qualidade" ambiental duvidosa por serem construídas por engenharia.
Os ambientalistas fogem desse debate como do diabo da cruz porque ao debater esse tema os fundamentalistas do 1/2 ambiente terão de arranjar uma forma de dizer à sociedade: "Sim, queremos converter área agrícola em floresta", "sim, queremos mais floresta e menos comida".
O debate está com o enfoque errado.
Exatamente. Aliás, me permita ser mais objetivo: o problema não é a Reserva Legal (art. 16); o problema é o remendo que a MP 2166 fez ao incluir o art 44 no Código, que é uma excrecência do ponto de vista jurídico, moral e de senso de justiça.
Evidentemene, não funciona e nunca funcionará.
O problema é que mesmo no projeto substitutivo o Art. 44 prevalece, com outro número, mas mesma redação.
Abs!
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