Três vezes e meia o território do Estado de São Paulo. Essa é a dimensão da área que precisa ser recuperada nas propriedades rurais do País pelas regras do Código Florestal, cuja mudança é discutida por deputados. A comparação tem como base o cálculo mais conservador levado ao debate na Câmara.
O professor da USP, Gerd Sparovek, calcula que 87 milhões de hectares, hoje em uso agrícola, deveriam ser reflorestados como áreas de proteção ambiental. Spavorek estima que, caso fosse feita a recuperação de todo o deficit de RL, haveria um custo provável de duas vezes o PIB anual de todo o setor agropecuário, apenas com o reflorestamento, sem considerar a perda de produção nas áreas.
Cálculo feito pela própria comissão especial do Código Florestal apresenta uma soma ainda mais dramática: 96 milhões de hectares de áreas ocupadas hoje por atividades de agricultura e pecuária deveriam voltar a ter vegetação nativa, caso a lei atual fosse mantida e cobrada obediência a ela. Isso significa quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo. O custo da recomposição é bilionário.
Em tempo, o debate atual em torno do código florestal gravita em torno da suposição de que as mudanças na lei devem ser feitas para permitir mais áreas agrícolas. Isso não é verdade. O mote das mudanças na lei é esse custo, nunca antes devidamente considerado, de recuperação do passivo criado por anos de inobservância da lei, inclusive pelo próprio Estado brasileiro.
O professor da USP, Gerd Sparovek, calcula que 87 milhões de hectares, hoje em uso agrícola, deveriam ser reflorestados como áreas de proteção ambiental. Spavorek estima que, caso fosse feita a recuperação de todo o deficit de RL, haveria um custo provável de duas vezes o PIB anual de todo o setor agropecuário, apenas com o reflorestamento, sem considerar a perda de produção nas áreas.
Cálculo feito pela própria comissão especial do Código Florestal apresenta uma soma ainda mais dramática: 96 milhões de hectares de áreas ocupadas hoje por atividades de agricultura e pecuária deveriam voltar a ter vegetação nativa, caso a lei atual fosse mantida e cobrada obediência a ela. Isso significa quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo. O custo da recomposição é bilionário.
Em tempo, o debate atual em torno do código florestal gravita em torno da suposição de que as mudanças na lei devem ser feitas para permitir mais áreas agrícolas. Isso não é verdade. O mote das mudanças na lei é esse custo, nunca antes devidamente considerado, de recuperação do passivo criado por anos de inobservância da lei, inclusive pelo próprio Estado brasileiro.
Comentários
Essas do tipo International Paper no Mato Grosso do Sul e outra ianda maior que lá está se instando - e o tenentão do meio ambiente ainda não sabe "os vetores" que estão levando ao desmatamento no Pantanal!
Essas do tipo Aracruz que moveram os pauzinhos para que a legislação do Rio de Janeiro fosse mudada permitindo a localização de reservas legais em outras áreas.
Eles são uns farsantes!
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