Ibama libera licença para exportar energia da Amazônia ao Brasil, mas nega ligação de Roraima ao sistema brasileiro.

Amazônidas de Roraima dependem de energia importada da Venezuela

O Ibama acabou de liberar a licença ambiental para uma linha de transmissão que levará produzida na Amazônia para o sul do Brasil. Enquanto isso, de acordo com a Eletrobrás, Roraima depende de energia da Venezuela e já teve mais de 50 apagões em menos de 2 anos, diz Eletrobras.

Um dos estado mais pobres e isolados da Amazônia, Roraima é o único do país que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) e tem o abastecimento dependente do país vizinho e de termoelétricas movidas a diesel.

Os amazônidas de Roraima vivem uma rotina de interrupções constantes no fornecimento de energia. Abastecido pela produção elétrica da Venezuela, que vive uma crise política e econômica, o estado convive com apagões que têm se tornado mais frequentes conforme a tensão aumenta no país vizinho. Foram 16 apagões nos últimos oito meses.

No acumulado de menos de 2 anos, já são 54 blecautes ligados a falhas no fornecimento de energia elétrica do país que faz fronteira com o estado, de acordo com a Eletrobras Distribuição Roraima. Em 2014 foram registrados sete blecautes. Em 2015 foram 24 e, em 2016, 38 casos.

Dez dos quinze municípios do estado são abastecidos desde 2001 pela energia venezuelana, incluindo a capital Boa Vista, e já houve ocasiões que o desabastecimento nas cidades durou mais de 10 horas afetando 440 mil moradores. Outros cinco municípios têm o fornecimento garantido por termelétricas.



Anselmo Brasil, diretor presidente da Eletrobras Roraima, explica que os apagões são frequentes porque há interrupção do fornecimento de energia elétrica em um trecho de Las Claritas, no estado de Bolívar, onde há grande incidência de descargas atmosféricas. Para o governo de Roraima, o problema se repete porque não há a devida manutenção na linha de transmissão.

Ele explica que Roraima usa a energia da Venezuela como forma de economizar gastos com a produção de energia termoelétrica. O estado é o único do país que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Assim, quando há desligamento no fornecimento da energia da Venezuela, o sistema elétrico local cai e só volta a funcionar depois de algum tempo. Com isso, a capital e os demais municípios interligados ficam ‘no escuro’.

A Eletrobras tem capacidade para substituir a energia venezuelana caso haja uma interrupção definitiva no fornecimento de energia. No entanto, a despesa da empresa passaria de R$ 1 milhão por dia com produção de energia para R$ 3,5 milhões diariamente.

“Ficar sem energia, Roraima não fica. Nós usamos energia da Venezuela porque ela é mais barata e mais conveniente para nossa geração, mas se ocorrer de ficarmos sem a Venezuela, nós não ficaremos desprovidos de energia e nem haverá aumento na tarifa repassada ao consumidor”, pontuou.



Conforme a própria Eletrobras, em menos de dois anos, mais de 120 processos por aparelhos queimados foram protocolados na empresa devido aos apagões. Um restaurante no Centro da capital, por exemplo, já teve problemas em centrais de ar e freezers devido aos blecautes e oscilações de energia.

O autônomo Cícero Mendes tentou ir ao banco na quarta, quando o estado enfrentava o apagão, mas não conseguiu resolver o que precisava e reclamou da situação. “Eu ia enviar dinheiro a um parente meu, mas não consegui. Aqui tá sempre acontecendo esse problema e nos sentimos prejudicados com isso”, desabafou.

O Linhão de Guri foi inaugurado em agosto de 2001. A linha possui 706 quilômetros de extensão, ligando Boa Vista ao complexo hidrelétrico de Guri, em Puerto Ordaz.

A interligação de Roraima ao SIN já é discutida há anos e deve ser feita com a construção do Linhão de Tucuruí. A obra não começou ainda por falta de Licença Ambiental.

A energia produzida na Amazônia gera empregos no Brasil enquanto Roraima não tem Luz. O minério extraído da Amazônia é exportado e gera divisas ao Brasil. Em troca, o Brasil envia o Ibama e o IMBio para asfixiar a economia regional em nome da proteção do meio ambiente.

O Brasil trata a Amazônia como Portugal tratava o Brasil, como uma colônia. A imprensa brasileira olha e escreve a amazônia com o o Brasil era descrito em Portugal, como colônia.

Precisamos conversar sobre a independência da Amazônia. Se o Brasil não se importa para o povo da Amazônia, o povo da Amazônia não deveria se importar com o Brasil. Clique aqui e saiba mais.

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