Sarney Filho sinaliza aos desmatadores de floresta na Amazônia


O Ministro do ½ Ambiente, Sarneyzinho Filho, enviou um ofício ao Ministério do Planejamento no último dia 31 de julho pedindo mais dinheiro para as operações de repressão ao povo da Amazônia em 2018. No ofício, que foi "vazado" ao jornal Falha de São Paulo, os ambientalistas governamentais afirmam que a falta de dinheiro para ações da fiscalização ambiental federal agravou o desmate na Amazônia no período 2015-2016.

Sarney Filho, que afirmou em evento na Naruega que "só Deus" pode garantir a redução do desmatamento na Amazônia em 2017, diz no ofício que o desmatamento teve “um aumento significativo” no biênio e solicitou mais recursos para 2018.

O ofício foi enviado ao ministro Dyogo Oliveira, pedindo R$ 104 milhões na previsão orçamentária de 2018 do Ibama, tendo em vista a “limitação nas atividades”, notadamente no combate ao desmatamento. “É importante destacar que a estratégia de fiscalização do desmatamento da Amazônia depende significativamente da presença física dos fiscais”, diz o ofício.


Para as ações de fiscalização contra o desmatamento, o ministro pediu mais R$ 64,2 milhões. Isso representa o dobro do que está previsto na proposta para 2018 (R$ 66,8 milhões).

Segundo o aviso de Sarney Filho, as reduções orçamentárias e de poder de ação das equipes de fiscalização tiveram impacto sobre os compromissos internacionais do Brasil com a Noruega, por exemplo.

Sarney Filho advertiu o colega do Planejamento que “é muito temeroso” manter o atual contingente do programa de prevenção e combate a incêndios.

Em nota enviada à Folha, o Ministério do Planejamento informou que o pedido de Sarney Filho "ainda está em análise” e que existem demandas semelhantes de outras pastas que estão sendo “analisadas tendo em vista a atual restrição orçamentária e diante das obrigações existentes por conta do novo regime fiscal”.

À Folha, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que “observando os dados relativos à execução orçamentária do Ibama e do ICMBio de 2012 a 2016 e ao desmatamento no mesmo período, constata-se uma relação inversa. Quanto maior foi a execução, menor foi o desmatamento”.


Este blogger acha que, se Sarneyzinho Filho continuar mandando esse tipo de sinal, só mesmo Deus poderá reduzir o desmatamento na Amazônia. Tudo bem pedir dinheiro ao Planejamento, mas vazar o ofício à impressa?

É ilusão achar que o Planejamento enviará mais recursos ao Ibama. A Funai está em pior situação. Todas as áreas do Governo terão que aprender a trabalhar com menos recursos.

Se as ações de contenção do desmatamento fossem baseadas em incentivos ao comportamento correto, não haveria necessidade da presença física dos fiscais. Mas o ambientalismo brasileiro, governamental e não governamental, não sabe trabalhar com incentivos. A molecada só sabe fazer oba oba.

É bom lembrar que Sarney Filho deixará o governo em abril de 2008 para cuidar da retomada do controle da família Sarney sobre o Maranhão. Quando o desmatamento explodir no ano que vem, ele não estará mais em condição de ser responsabilizado.

Foto: Felipe Werneck - Ascom/Ibama

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